Plantações de café, campos com grandes criações de gado e o Araguaia são algumas das paisagens de uma novela que marcou a década de 1990: O Rei do Gado, que volta ao Vale a Pena Ver de Novo a partir da próxima segunda-feira, dia 12. Exibida originalmente em 1996 e reprisada três anos depois, a novela de Benedito Ruy Barbosa entra na grade da Globo quando a emissora celebra seus 50 anos.
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A trama, que foi vendida para mais de 30 países, conta a história do romance entre o latifundiário pecuarista Bruno Mezenga (Antonio Fagundes) e a boia-fria Luana (Patrícia Pillar), ambos descendentes de duas famílias rivais de imigrantes italianos, os Mezenga e os Berdinazi.
A primeira fase do folhetim se passa durante a Segunda Guerra Mundial e aborda, também, a participação dos pracinhas brasileiros no conflito. Um dos momentos marcantes é quando Giuseppe Berdinazi (Tarcísio Meira) planta a medalha de honra recebida pelo filho morto em combate na tomada de Monte Castelo, na Itália, na esperança de que ele “nasça de novo”.
Na segunda fase, o debate sobre posse de terra ganhou destaque quando uma das fazendas de Bruno Mezenga é invadida por um grupo liderado por Regino (Jackson Antunes), um sem-terra contrário à violência e à radicalização do movimento. Entre eles, está Luana (Patrícia Pillar), que já no primeiro encontro desperta o amor no
pecuarista.
Glória Pires, Letícia Spiller, Marcello Antony, Leonardo Brício, Eva Wilma, Cláudio Corrêa e Castro, Raul Cortez, Fábio Assunção e Vera Fischer são alguns dos nomes que fizeram sucesso na novela, que ficou no ar de 17 de junho de 1996 a 14 de fevereiro de 1997.
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Entre os dias 12 e 23 de janeiro, O Rei do Gado irá ao ar logo após Cobras e Lagartos. A partir do dia 26, a novela de Benedito Ruy Barbosa ocupará integralmente a faixa horária, de segunda a sexta-feira, após a Sessão da Tarde.
Cinco fatos que marcaram o Rei do Gado
Maledeta Cerca
Logo no início na trama, uma briga épica mostrava a rixa entre Antônio Mezenga e Giuseppe Berdinazzi: uma “maledeta” cerca entre as propriedades dos dois italianos. Cada um revindicava “aquele pedaço de chão” e mudava a cerca de lugar.

Plenário vazio
Uma das cenas mais marcantes da novela (e que na época deu o que falar) foi a em que o honesto senador Roberto Caxias (Carlos Vereza), fazia um discurso emocionado sobre os sem-terra para um plenário ocupado apenas por três colegas – um cochilando, outro lendo jornal e o terceiro falando ao celular.

Pirilampo e Saracura
Piralampo e Saracura, ou vice-versa. Era assim que a dupla da ficção, formada por Sérgio Reis (Saracura) e Almir Sater (Pirilampo) se apresentava. O sucesso transedeu às telas e a dupla serteneja fez sucesso na vida real, com sucessos como “Cabecinha no Ombro” e “Boiadeiro Errante”, gravando sete das 12 faixas de um dos CDs da novela.
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Perdido na Floresta
Em determinado momento da trama, o avião em que Bruno Mezenga viaja cai na região do Araguaia, e ele desaparece. O copiloto é encontrado morto. São 18 capítulos de angústia e suspense, até que Mezenga reaparece, vivo, às margens do rio. Uma das cenas mais marcantes deste período da novela é quando ele se alimenta de insetos para sobreviver.
Abertura e Trilha Sonora
Ao som de Rei do Gado, interpretado pela Orquestra da Terra, o R marcado no touro logo no início da abertura seguido pelas imagens de grandes rebanhos e terminando com Antonio Fagundes girando em um cavalo no meio do gado e virando um “homem de ouro” ainda está na mente de muito gente. Fora essa, músicas como “Admirável Gado Novo”, de Zé Ramalho, tema do Núcleo Sem Terra, e “Coração Sertanejo”, de Chitãozinho & Xororó, tema de Bruno Mezenga, fizeram muito sucesso pelos videoquês da vida.