O retorno da Chapecoense à elite do futebol brasileiro ajudou a deixar o Oeste famoso em todo o país. Quando algum empresário da região comenta que é de Chapecó em feiras de negócios internacionais, logo surgem comentários sobre o time.
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Com a ascensão, uma onda de apoio ao Chapecoense tomou conta da região. O bom momento levou o número de sócios saltar de 6,5 mil, no final de 2012, para 9,1 mil em novembro deste ano – um crescimento de 40%.
O ex-jogador Índio, maior artilheiro do clube com 62 gols, comemora a boa fase do time. Ele jogou na Chapecoense durante mais de 3 anos e chegou a vice-campeão estadual em 1995 e campeão em 1996. Após parar de jogar, Índio decidiu ficar na cidade e hoje trabalha como representante comercial de produtos veterinários. Em 2005, quando o clube quase fechou as portas, o ex-jogador viveu a angústia de ver o time extinto.
– Desde o começo, pensei que a Chapecoense teria de buscar a Série A – afirmou.
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Um dos símbolos da conquista é o lateral direito e zagueiro Fabiano Leismann. Titular do clube, ele é um dos representantes da região Oeste nesta conquista. Natural de São João do Oeste e filho de pequenos agricultores, ele simboliza um pouco a história das famílias da região. Na adolescência, ajudou os pais na suinocultura, lavoura e produção de leite. Começou em times amadores do Extremo-Oeste até ser levado para o São Luiz de Ijuí, onde se profissionalizou. Em 2010, entrou para a Chapecoense. No ano passado, virou titular e foi uma das revelações do Campeonato Catarinense, marcando seis gols. Fabiano diz que sente orgulho em representar a região no time.
– É uma responsabilidade. Essa é uma região de pessoas humildes, honestas e trabalhadoras- diz Fabiano.
Índio e Fabiano são inspiração para as novas gerações, como a dos irmãos Yuri Rudnik, 8 anos, Kaik José Rudnik, 5 anos, e Adryan Kael Rudnik, 2 anos. Há uns três anos, Kaik via o ônibus da Chapecoense passar pela rua, a torcida indo para o estádio e ficava encantado com aquilo. Depois de ir com o pai aos jogos, toda a família virou sócia do clube.
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Em 2012, Kaik e Yuri passaram a frequentar a escolinha da Chapecoense. E sonham em jogar a Série A pelo clube. Yuri, que é zagueiro como Fabiano, já planeja as reformas da Arena Condá para ganhar uma arquibancada igual a do Maracanã ou ao Engenhão. Kaik era goleiro, mas no último campeonato que disputou foi jogar como atacante e fez oito gols. Agora ele quer ser como Índio. E assim a história da Chapecoense tem sua continuidade garantida.