Na tropa de choque de Dilma Rousseff, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) considera “natural” mudanças em cargos na máquina federal. O petista defende exonerar indicados de políticos que deixaram o governo e abrir para aliados, a fim de reconstruir a base.

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Planalto e oposição fazem feirão pelos votos do impeachment

O governo oferta cargos para barrar o impeachment?

A substituição é natural, preenchemos funções que não podem ficar com pessoas interessadas em prejudicar o governo. Vamos deixar os cargos com Eliseu Padilha? Os serviços públicos não podem parar porque partidos decidem sair da administração. A turma sai do governo e quer permanecer com os cargos?

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A oposição acusa o Planalto de promover balcão de negócios.

A oposição faz um discurso esquizofrênico. Se o deputado deixa a base e vira oposição, não tem do que reclamar. A participação no governo é decorrência de compromisso maior, como em qualquer governo estadual ou municipal.

O governo liberou emendas para tentar virar votos?

Isso não existe. As emendas são impositivas, não há possibilidade legal de tratamento diferenciado entre deputados de governo e oposição. Essa acusação é uma falácia.

Virá apoio fechado de PP, PSD e PR? Há receio de traições?

Não existe a ideia de bancada fechada, porque os partidos são federações estaduais. Teremos votos do próprio PMDB, que desembarcou. Se parte das bancadas votar contra o impeachment, poderemos refazer a base. Aliás, tem muito partido com investigado na Lava-Jato que é até bom ficar fora do governo. Esses deputados a gente nem procura para pedir voto.

Dilma conseguirá escapar?

Vamos impedir o golpe. Espero que, derrotado o impeachment, Aécio Neves entenda que perdeu a eleição de 2014.

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Como governar com minoria?

Tem deputado que anunciou voto a favor do impeachment, mas que se mostrou aberto para discutir a recomposição ali na frente. Tem deputado que nos procura para se oferecer, pedir cargos, mundos e fundos. Se ele não leva tudo o que quer, sai dizendo que vai votar pelo impeachment.