Para a Justiça, é Sublime with Rome. Para o fã, é Sublime e deu. Para Rome Ramirez, tudo bem. Afinal, os sucessos da banda foram gravados antes de sua entrada no vocal e na guitarra. Essas “favoritas do público” – como ele se referiu em entrevista (leia ao lado) – comandam o show que o trio californiano faz amanhã em Florianópolis, no P12: um cruzamento de ska, pop, reggae e hardcore que tem tudo a ver com a Ilha no verão.

Continua depois da publicidade

O mentor dessa mistura já havia desencarnado quando Santeria invadiu as rádios, em 1996. A dois meses do lançamento do autointitulado terceiro disco do grupo, o líder Bradley Nowell morreu de overdose de heroína. O baixista Eric Wilson e o baterista Bud Gaugh até tentaram andar pelas próprias pernas, montando o Long Beach Dub All-Stars. Mas em 2009 renderam-se ao legado que tinham em mãos e ressuscitaram o Sublime.

Por questões legais com os herdeiros de Nowell, a banda não pôde usar o nome original – daí a identificação do novo integrante. A estreia com Rome, Truly Yours, saiu em 2011 e foi elogiada pela pegada de Panic e Lovers Rock. Agora com Josh Freeze no lugar de Gaugh, os três preparam o próximo disco. Enquanto ele não fica pronto, vão se garantindo com Wrong Way, What I Got ou Doin’ Time nessa segunda vinda à Capital (a primeira foi em 2013). O moleque não quer outra coisa.

Confira a entrevista com Rome Ramirez, vocalista e guitarrista

Continua depois da publicidade

O Sublime continua sendo uma sensação adolescente, mas tem uma base de fãs que acompanhou toda a trajetória. Como agradar os dois públicos?

Acho que conseguimos manter uma base tão sólida de fãs antigos e, ao mesmo tempo, arrebanhamos tantos jovens simplesmente porque nós nos divertimos muito. E, quando você faz aquilo que ama com pessoas que admira, isso irradia. E é por isso que o Sublime continua sendo, como você disse, uma sensação adolescente, é algo que acontece naturalmente.

Os fãs podem esperar novas músicas neste show?

A essência desta turnê é tocar as favoritas do público e apresentar aquilo em que temos trabalhado no estúdio e no backstage.

Continua depois da publicidade

O que mudou em você como músico desde sua entrada no projeto em 2009?

Eu não sou mais um recém-chegado ao lado dos ídolos. Agora, todos choramos e rimos juntos, passamos por momentos dolorosos, nos levamos ao hospital. (risos) Estamos mais próximos do que nunca, Eric (Wilson, baixista) e eu, especialmente. Por isso, acho que esse segundo disco está sendo feito com uma autoconfiança diferente, tem uma honestidade diferente. Me sinto mais confortável deixando de lado nossas diferenças e fraquezas para criar algo novo com os caras.

Agende-se

O quê: show de Sublime with Rome

Quando: amanhã, com previsão de início após as 19h (abertura da casa às 10h)

Onde: P12 (Serv. José Cardoso de Oliveira, Jurerê Internacional, Florianópolis)

Quanto: a partir de R$ 120, à venda no site Eccopass

Informações: parador12.com.br