Dominique Strauss-Kahn saiu livre nesta quarta-feira, depois de um dia de detenção provisória em Lille, no norte da França, onde foi ouvido pela polícia sobre o caso Carlton. O ex-diretor geral do FMI “está satisfeito por ter sido ouvido”, declarou o seu advogado.
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Strauss-Kahn foi detido na terça-feira em Lille (norte da França) para investigações sobre seu envolvimento com redes de prostituição e por “ocultação de abuso de bens sociais”, em processos paralelos ao escândalo sexual no qual esteve envolvido no hotel Sofitel, de Nova Iorque.
O ex-diretor do FMI foi ouvido sobre as festas libertinas das quais teria participado em Paris e em Washington para que os investigadores determinem se as mulheres que participavam das mesmas eram prostitutas.
As testemunhas sobre o caso disseram que várias viagens de mulheres foram organizadas e financiadas por dois empresários do norte da França, Fabrice Paszkowski, diretor de uma empresa de equipamentos médicos, e David Roquet, ex-diretor de uma filial do grupo de obras públicas Eiffage.
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Strauss-Kahn terá audiência nos EUA em 15 de março
A última dessas viagens aconteceu de 11 a 13 de maio na capital dos Estados Unidos, às vésperas da prisão de Strauss-Kahn no caso do hotel Sofitel de Nova Iorque. Na época, o então diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi acusado por uma funcionária do hotel, Nafissatou Diallo, de agressão sexual.
A primeira audiência no processo civil contra o político ocorrerá no dia 15 de março, informaram nesta quarta-feira fontes judiciais. A audiência acontecerá na tarde do dia 15, em um tribunal do Bronx, no norte da cidade.
O processo penal contra Strauss-Kahn por agressão sexual foi arquivado nos Estados Unidos, mas ele ainda terá de enfrentar uma ação civil.
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A questão também gerou uma série de revelações sobre sua vida privada, convertendo-o para alguns em um ogro “sexual” e para outros em “vítima” de um complô. Strauss-Kahn reconheceu um gosto pela libertinagem, mas negou ter cometido qualquer ato ilícito ou violento.
O escândalo de Nova Iorque pôs fim às ambições presidenciais de Strauss-Kahn na França, como um potencial candidato do Partido Socialista, além de ter lhe custado sua posição no FMI.