O Supremo Tribunal Turco anulou, em nome da liberdade de expressão, a pena de dez meses de prisão pronunciada em 2013 contra o pianista Fazil Say por insultar valores religiosos, informou nesta segunda-feira a imprensa.

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O tribunal considerou que os tuítes que haviam causado a sentença pertenciam ao âmbito do “exercício normal da liberdade de expressão”, afirmaram os jornais Hürriyet et Radikal.

Conhecido por seu ateísmo militante, o pianista foi condenado por uma série de comentários na rede social Twitter considerados “injuriosos para com os valores religiosos” do islã, retirados de livros do grande poeta persa do século XI Omar Jayam que criticam a religião.

A condenação havia provocado uma enxurrada de críticas contra o atual regime turco.

No ano passado, Say acusou em uma carta aberta o governo islâmico conservador de censurar suas obras e o disse para não ter “medo” de sua música.

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“Não tenha medo, pode ficar orgulhoso dela. Esta obra não é mais que uma composição musical. Mude suas atitudes opressoras que produzem indignação”, afirmou.

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