O Supremo Tribunal Federal ( STF ) retomou na tarde desta quinta-feira o julgamento sobre a constitucionalidade de doações de empresas privadas a candidatos e a partidos políticos. A sessão foi retomada com o voto do ministro Dias Toffoli, que acompanhou o relator, Luiz Fux, e declarou inconstitucional a doação de pessoas jurídicas. A seguir, depois do intervalo, começou a votar o ministro Luiz Roberto Barroso. A votação não deverá ser finalizada na sessão desta quinta-feira devido a um pedido de vista do ministro Teori Zavascki. No entanto, os demais ministros poderão adiantar os votos.

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Na quarta-feira, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, e o ministro Luiz Fux, relator do processo, votaram a favor da proibição das doações de empresas privadas para campanhas políticas. De acordo com o entendimento de Fux, as únicas fontes legais de recursos dos partidos devem ser doações de pessoas físicas e repasses do Fundo Partidário. Ainda faltam os votos de nove ministros.

Fux também definiu que o Congresso terá 24 meses para aprovar uma lei que crie normas uniformes para as doações de pessoas físicas e para recursos próprios dos candidatos. Se, em 18 meses, uma nova lei não for aprovada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá criar uma norma temporária.

Durante as sustentações orais, a maioria das entidades que participam do julgamento manifestou-se a favor da proibição das contribuições.

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