Os governistas se surpreenderam com o voto do ministro Edson Fachin, que não acolheu os pontos levantados pela ação do PC do B sobre o rito do impeachment. A expectativa era que o relator ao menos reconhecesse o poder do Senado em engavetar o processo do impeachment, independentemente da decisão do Senado. Esse ponto é considerado fundamental pelo Planalto, que vinha se preparando para entregar o destino da presidente Dilma nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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Em duas horas de leitura do voto, Fachin derrubou um por um os argumentos também defendidos pela Advocacia Geral da União, enquanto parlamentares de oposição saíam saltitantes de dentro do plenário, comemorando vitória. É claro que o relator não é decisivo e ainda faltam os votos dos demais ministros. Os debates, hoje, serão intensos. O jogo, no entanto, começou mal para o governo, a tal ponto que alguns aliados, ontem, já estavam arrependidos da ação do STF.