O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski, liberou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto de responder a questionamentos em depoimento na CPI da Petrobras. O ex-tesoureiro do PT foi convocado para sessão da CPI marcada para a próxima terça-feira. Na ocasião, parlamentares querem confrontar a versão de Augusto Ribeiro Mendonça, executivo da Toyo Setal, e do ex-diretor da Petrobrás Renato Duque.
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Com a decisão do Supremo, Vaccari não precisa assinar um termo de compromisso, que o obrigaria a dizer a verdade, e poderá ainda ser assistido por advogado.
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Parlamentares querem confrontar a versão apresentada por Mendonça, que firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, com Duque e Vaccari. Mendonça confessou ter participado do esquema de pagamento de propina na Petrobrás e ,em depoimento na CPI da estatal na Câmara, disse que a corrupção era “generalizada” apenas na diretoria de Serviços, comandada por Duque.
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Mendonça disse ao MP ainda que parte da propina que pagou foi em forma de “doação” ao PT, por meio de Vaccari, que era à época tesoureiro do PT. Em sua versão, o executivo disse que as empreiteiras eram “vítimas” de ameaça e por isso participaram do esquema de corrupção.
Vaccari já havia sido beneficiado de decisão anterior tomada pelo STF, que o desobrigou a ter de dizer a verdade em julho, para quando estava prevista uma acareação com o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco.
*Estadão Conteúdo