O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, garantiu que a crise internacional e o aumento nas commodities (produtos com cotações no mercado mundial), especialmente do trigo, não causarão aumento nos alimentos.
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– Acho que, por enquanto, a crise está desvinculada do preço. Não acredito que haja uma reação em curto prazo de aumento em função da crise – disse nesta quarta ao participar de audiência pública no Senado sobre zoneamento agrícola.
Segundo ele, as commodities agrícolas devem ser as últimas atingidas pela crise:
– As pessoas vão continuar comendo. Elas vão restringir outros gastos, outras commodities. Principalmente ferro, níquel e aço. O alimento deve ser o último item a ser atingido. A atual demanda vai se manter. Tudo vai manter da produção. Em princípio, a produção deverá ser boa.
O ministro acrescentou que não se pode fazer projeções sobre aumento de preços com o mercado “altamente nervoso”:
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– Não podemos raciocinar com o aumento do dólar, dentro do mercado altamente nervoso no momento. Não há nenhuma razão lógica para que o dólar se mantenha nesse patamar. É possível que, depois de passar o nervosismo, o dólar tenha outro patamar. É difícil raciocinar em cima disso – disse.
Stephanes acrescentou que o plantio está “praticamente assegurado” e que a situação da crise internacional durante a colheita, daqui a seis meses, será avaliada posteriormente:
– Vamos continuar plantando. Se faltar crédito, vamos suprir o crédito. Qual será a situação daqui a cinco, seis meses, ninguém consegue prever. Teremos de ver quais mecanismos adotaremos. O plantio está praticamente assegurado. O outro é a questão futura – comentou.
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