Oferecer ao médio empreendedor uma ferramenta de gestão orçamentária que permita realizar o planejamento das finanças da empresa a longo prazo, de forma ágil, eficaz e a um custo acessível. Essa foi a ideia que o paulista radicado em Joinville Gilles de Paula teve há cerca de três anos quando firmou parceria com outros dois amigos, Cassiano Mangold e Daniel Fernandes. Juntos, eles fundaram a Treasy, empresa que hoje é sinônimo de sucesso da Fundação Softville, incubadora e capacitadora de startups em Joinville.
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Segundo Gilles, CEO da empresa, a Treasy percorreu o mesmo caminho de outros empreendedores em estágio inicial, ou seja, identificou um problema e partiu em busca da solução. No caso da Treasy, o trio observou que havia uma grande lacuna de mercado na área em que atuam hoje. Isso os motivou a trabalhar, inicialmente, na criação de um software de gestão orçamentária para empresas de pequeno e médio porte.
— Focamos nos 20% de funcionalidade que resolveriam os 80% de problemas — diz Gilles.
Prêmio Sinapse da Inovação
— Não tivemos nenhum investidor externo — destaca Gilles.
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Entre erros e acertos, a empresa cresceu e hoje busca a consolidação no mercado. Isso já pode ser visto pela expansão do quadro de colaboradores. Até a metade do ano passado, apenas os três fundadores da Treasy tocavam o negócio. Hoje, são 15 pessoas envolvidas no trabalho. A previsão é fechar o ano com 25 funcionários e, para 2018, quadruplicar o quadro.
— O nosso objetivo é atender a 10 mil empresas de médio porte no Brasil até 2020 com base no histórico de crescimento e no tamanho do mercado, que hoje tem entre 2 e 3 milhões de empresas nessa faixa — diz Gilles.
Formado em sistema de informação pela Udesc, com MBA em gestão empresarial pela Sustentare, Gilles carrega consigo alguns conceitos importantes, os quais considera essenciais e gosta de compartilhar com novos empreededores. Para ele, startup não é um tipo de empresa, mas, sim, um estágio da empresa. Conforme o CEO da Treasy, muitas pessoas confundem o real significado da proposta.
— Você deixa de ser uma startup a partir do momento que entender que aquilo que propõe fazer, funciona, tem produto, tem mercado e consegue ficar de pé — explica.
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Outro segredo está no modelo de comunicação. Se a estratégia usada pela empresa não for acertada ou estiver confusa, o negócio corre o risco de “morrer na casca” é muito grande.
— Tem que saber se comunicar com o seu público. Um dos principais erros das startups é quando elas tentam copiar o modelo de comunicação ou visual de outras startups que já deram certo. A gente precisa se posicionar de forma objetiva — avisa.
Não menos importante, afirma Gilles, é pensar em um produto com foco e consistência. Na avaliação do CEO, ninguém consegue resolver todos os problemas do mundo, independentemente da área.
— Quem tenta fazer isso, vira um pato que nada, anda, voa e não faz nada direito. Em todo mundo, startups são focadas em resolver problemas. Então, tem que ter muito foco e persistência. Com foco, surgem as oportunidades — pondera.
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