Mesmo com as críticas do Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc), o Sistema de Atendimento e Despacho (Sade) de ocorrências da Polícia Militar vai continuar em operação em Florianópolis.
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Em até 40 dias, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) garante que terá uma nova versão para corrigir os problemas e estuda implantá-lo também a curto prazo na central de emergência de Balneário Camboriú, litoral Norte.
Na manhã desta quinta-feira, o secretário da SSP, César Grubba, se reuniu com o tenente-coronel Vânio Dalmarco, coordenador da central de emergência e do sistema de videomonitoramento da SSP.
Grubba avaliou que o Sade é uma realidade, que não será abandonado, e pediu um relatório sobre as deficiências e prestação de contas do investimento – toda a tecnologia que inclui o Sade custou R$ 3,9 milhões, sendo que R$ 3,2 milhões vieram do governo federal.
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A segunda versão do Sade pode custar até R$ 300 mil em um novo contrato a ser executado por outra empresa que venceu licitação. A empresa responsável pelo Sade 1, de acordo com Dalmarco, será multada por não ter cumprido itens do edital.
– Infelizmente nesse processo de licitações nem todas as empresas cumprem o contrato – lamentou Dalmarco, atribuindo as falhas do sistema à empresa que instalou o Sade.
O Sade deveria ser instalado em pelo menos outras sete cidades que contam com centrais regionais de emergência, mas completou um ano e alcançou apenas a Capital.
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Operadores do sistema na central de emergência da PM ouvidos pelo DC relataram problemas como a falta de agilidade. Por temer represálias da corporação, não quiseram ser identificados na conversa com a reportagem.
– Agora o Sade está menos pior. Mas ainda é ruim. Está longe de atender a necessidade de um serviço de emergência. Pode ser bom para uma empresa que vende flor, que entrega cartão de natal. Agora para um serviço que requer agilidade ele é horrível, pois demora para fazer operações básicas como liberar e empenhar viatura – reclamou um PM da central de operações.