Uma recontagem dos carros apreendidos que saíram do depósito de Tijuquinhas, em Biguaçu, na Grande Florianópolis, será feita pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) para apurar se houve ou não o sumiço de mais de 100 veículos do lugar.
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A medida foi anunciada nesta quarta-feira, depois que o DC publicou a denúncia da divergência de números em torno de um lote de cerca de 380 automóveis que estavam sob a tutela do Estado no depósito de Tijuquinhas e também no complexo administrativo da SSP de São José.
O objetivo é apurar se realmente esses veículos foram desviados, se estão perdidos no próprio pátio de São José ou se realmente foram destinados à trituração de sucata pela empresa que efetuou o serviço.
A SSP informou que o levantamento será feito em relação aos carros apreendidos que saíram dos dois depósitos, mas não deu mais detalhes do procedimento.
O destino desses carros também está sendo investigado por policiais da Divisão de Furtos e Roubos da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis.
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De acordo com entrevista do gerente do complexo de São José, Jorge Klöppel, ao Diário Catarinense, a suspeita recai sobre os carros que saíram dali e foram para o pátio de Tijuquinhas, no ano passado. Esses veículos deveriam seguir para trituração pela empresa vencedora da licitação do recolhimento de sucata.
Klöppel levantou a dúvida a partir da lista dos veículos que retornaram ao complexo e de fotos tiradas em Tijuquinhas. Esse depósito, que ficava a céu aberto numa área rural, não existe mais.
O DC tentou obter com a SSP mais informações sobre a situação do terreno que servia ao Estado na época, mas sem sucesso.
A denúncia apareceu na Deic na mesma apuração do desvio de peças e motores do complexo de São José encontrados num ferro-velho de Joinville.
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O delegado Alexandre Carvalho disse que está realizando uma investigação preliminar para esclarecer o destino desta centena de veículos. A maioria deles estaria em estado de sucateamento.
A cúpula da SSP ainda não se manifestou sobre o indiciamento de seis pessoas pelo desvio de peças e motores, entre elas o secretário adjunto, coronel Fernando Rodrigues de Menezes. As autoridades estão analisando o inquérito.