Tiago Splitter recebeu nesta quarta-feira o reconhecimento por seu desempenho na atual temporada da NBA. O pivô foi escolhido para participar dos Jogos dos Novatos da liga, que será realizado no dia 24 de fevereiro, em Orlando. Ele será o segundo brasileiro a disputar a partida. O outro foi Nenê, em 2003.

Continua depois da publicidade

A escolha recompensa Splitter, que praticamente dobrou os seus números em relação ao último torneio e tornou-se uma das referências no garrafão do San Antonio Spurs e um dos homens de confiança do técnico Gregg Popovic.

Splitter conta o que mudou em seu jogo, a maratona enfrentada por causa do locaute, planos com a Seleção Brasileira e os Jogos Olímpicos de Londres.

O que mudou para você do ano passado para este?

Sobretudo, a quantidade de minutos. Poder estar em quadra por mais tempo. Isso faz você se sentir importante, realmente como uma parte do time. É tudo uma questão de ter confiança. No ano passado, só tinha minutos no fim, quando o jogo já estava ganho ou perdido.

Continua depois da publicidade

No ano passado, você era um coadjuvante de luxo. Você acha que deixou este posto para ser um dos protagonistas?

Meu papel é vir do banco, trazer pontos na segunda unidade e é isso que estou tentando fazer. Não quero ser nem estrela nem nada do tipo, só quero ajudar.

E como é a sua relação com o grupo? Na temporada passada, quando você era novato, havia desconfiança?

O grupo me conhece melhor, sabe quais são os meus pontos negativos e positivos. Quando se conhece melhor, tudo fica mais fácil. Na quadra, só de olhar para o armador, para o pivô, sabemos o que temos de fazer em cada lance.

Continua depois da publicidade

Os brasileiros estão em um bom momento na NBA. Em termos de pivô, você acha que o Brasil tem os melhores jogadores da posição, atualmente, depois dos Estados unidos e da Espanha?

O momento dos brasileiros na NBA é ótimo. O Nenê e o Anderson (Varejão) estão em uma temporada muito boa. Mas analisar jogadores de todas as seleções é complicado. Mas tenho certeza de que somos uma potência em termos de pivôs.

Como é a sua relação com o Tim Duncan? O quanto você aprende tendo ele ao seu lado?

Ele é realmente espetacular, pela paciência que ele tem para jogar, o jeito que ele lê cada situação e a qualidade dele. Por isso que ele é um dos melhores alas-pivô da história. Mesmo com a idade que ele tem (35 anos), segue dando trabalho.