A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) enxerga um cenário de estabilidade na economia brasileira, mesmo neste período de crescimento mais lento, segundo a presidente da empresa no Brasil, Regina Nunes. A avaliação é de que o Brasil sofre com o excesso de otimismo do mercado no passado.

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Regina defende a política monetária do Banco Central no governo de Dilma Rousseff e diz que o BC “fez o seu trabalho” ao iniciar o processo de queda da taxa básica de juros, em 2011.

-O governo estava fazendo o seu trabalho com toda informação possível e, naquela época, vislumbrou o País que temos hoje- enfatizou a economista, complementando que a S&P não prevê mudança na nota de crédito soberano do País.

Ela considera compreensível que o governo tenha dificuldade em realizar reformas estruturais, foco das críticas do mercado.

-Avançar rapidamente não é simples em um país como o Brasil, que é dos mais complexos entre os países que planejam ser desenvolvidos- destacou Regina, durante seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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Falta regras claras para a indústria de petróleo e gás natural

A classificação de risco de investimento na Petrobras é afetada pela ausência de regras claras para a indústria de petróleo e gás natural, segundo Regina. A economista afirmou que o atraso na regulamentação do pré-sal repercute em questionamento pelo mercado.

-Uma entidade com nível de investimento e necessidade de financiamento como a Petrobras tem a sua classificação atrelada ao governo- ressaltou Regina.