Em entrevista exclusiva o ex-deputado federal, Claudio Vignatti, 46 anos, fala sobre suas expectativas quanto às eleições para o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores, que ocorrerá no próximo domingo. Ele é o cabeça da Chapa Partido que Constrói a Mudança.

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No cenário nacional, não está apoiando ninguém, já que fez acordo com lideranças estaduais que apoiam candidatos diferentes. Busca a presidência porque ela automaticamente o credenciaria a ser o candidato petista ao governo de Santa Catarina em 2014.

DC – Quais são as suas chances de vitória no domingo?

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Vignatti – Nós temos uma posição política de respeito no partido, construída há um certo tempo no Estado. E, como é o filiado que vota, ele nos conhece pelo trabalho feito como deputado e pelas posições que a gente exerceu. Seguimos também o que a base quer, que é ter candidato próprio, uma alternativa de candidatura ao governo de Santa Catarina. E essa alternativa eles enxergam no grupo político que está conosco. Três chapas que estão conosco enxergam essa possibilidade. O único partido grande que não governou Santa Catarina é o PT. Nós devolvemos a esperança aos companheiros do partido: de ter um alternativa para derrotar esse que é o governador, com certeza, mais fraco de toda história dos catarinenses.

DC – O que o diferencia do seu adversário direto?

Vignatti – Primeiro, nós somos o candidato da mudança dentro do PT. Somos o candidato por uma candidatura ao governo de Santa Catarina. Em busca de mudanças porque o Partido dos Trabalhadores, neste ano, não fez uma reunião do diretório estadual até o presente momento. É um partido que está com uma direção fragilizada, que não tem planejamento estratégico e não tem valorização dos diretórios municipais. Queremos um partido vivo, que consiga fazer uma oposição sistemática a esse que considero o pior governo do Estado de todos os tempos. E, mesmo assim, nós não temos posição coordenada do partido. Nós precisamos ter uma direção forte.

DC – Para qual rumo quer conduzir o partido estadual em 2014?

Vignatti – Primeiro precisamos, após o processo da eleição, unificar o partido em torno do programa que venceu as eleições, para dialogar. Para caminhar com projeto político próprio, com um programa, ruma à candidatura. E garantir esse palanque forte e próprio do PT para assegurar a vitória da Dilma na disputa à presidência.

DC – O projeto nacional deve ser privilegiado em detrimento do estadual?

Vignatti – A prioridade número um é o projeto nacional. Mas não significa que, por causa do projeto nacional, nós vamos sacrificar o PT no Estado. Tem que ser prioridade número um. Não pode ser prioridade absoluta, como meu adversário está dizendo. Prioridade absoluta faz qualquer aliança para vencer. Eu acho que a sociedade respondeu esse ano, nas ruas, com o recado de que não aceita qualquer tipo de aliança. Não podemos em hipótese nenhuma ter alianças com o PSD e o PSDB em Santa Catarina.

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