O Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro, é uma data especialmente propícia para evidenciar e comentar ainda mais sobre as mazelas e adversidades que cercam atualmente a atividade da docência. Porém, prefiro direcionar minha reflexão para outro sentido, o lado poético da profissão, mesmo reconhecendo a importância e necessidade de superarmos essas dificuldades.
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Neto de professora, não imaginava que a essência deste ofício seria transmitida até a minha geração. Durante a juventude, não me atentava muito para o universo do exercício da docência. Na universidade, tive mais contato e me interessei mais por essa área, que posteriormente, estaria estritamente relacionada com a minha vida profissional, especificamente o ensino superior. Refletindo sobre a minha vida escolar, vejo, hoje, muito dos meus professores gravados na minha personalidade. São mais do que inspiração, são modelos a serem seguidos. Quando me prendo a detalhes e a observar pequenas situações cotidianas é impossível não lembrar das minhas primeiras professoras. Atenciosas, zelosas, dedicadas e amadas incentivando a todos a colorirem e terminarem seus desenhos.
Nosso troféu finalmente exposto no “varal” da sala era pura motivação. Por vezes quando incitado a uma postura mais rígida e exigente, me vem à memória minha saudosa diretora Olga Brasil. Quando olho para trás vejo que todos os meus professores deixaram um pouco de suas atitudes em mim, como flexibilidade, retidão, domínio de conteúdo, capacidade de comunicação, a habilidade de motivar outras pessoas.
Vejo que sou fruto da influência que os professores exerceram sobre mim. Que essa reflexão norteie todos os atuais envolvidos com a educação, pois o conhecimento adquirido é uma parte do processo. E que nossos governantes apoiem e sustentem nossos professores para que continuem nessa grandiosa missão, quase ímpar, de melhorar o mundo através das pessoas.
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