A voz ainda está embargada pela emoção, e não é para menos. Gabriela Schoeler sonhava desde a infância pertencer à realeza da Oktoberfest Blumenau. A coroa e a faixa de segunda princesa vieram na noite de domingo (27). Quando teve o nome anunciado no microfone, estava incrédula atrás do palco e chegou a perguntar para Gabrielle Cristine Kratz — que mais tarde recebeu o título de rainha —: “Sou eu?”. A resposta foi “sim, é você”. Passadas 14 horas daquele momento, a ficha ainda não caiu, garante a jovem.

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Gabriela nasceu e cresceu em Blumenau assistindo aos desfiles na Rua XV de Novembro e brincando dentro dos pavilhões da Vila Germânica com a família. A realeza logicamente atraía os olhares da menina. Mas a relação com a festa é anterior a isso. O pai da agora segunda princesa é de Itapiranga, no Extremo-Oeste de Santa Catarina, cidade considerada berço da Oktoberfest no Brasil, onde a festa começou em 1978 — seis anos antes do evento no Vale do Itajaí, que surgiu em 1984.

— Antes de nascer eu já tinha esse vínculo com a festa e cresci em meio aos pavilhões da Vila Germânica, sempre foi minha paixão — conta.

A avó sempre foi uma das maiores incentivadoras da neta. Quando Gabriela ainda era pequena, dona Silvina dizia que ela seria da realeza. Não deu outra: quando completou 21 anos, idade mínima exigida para participar do concurso, lá foi ela se inscrever. Foram dois meses exaustivos de preparação até a final no domingo. Sua maior fã, descrita como “a alemoa apaixonada pela Oktoberfest”, assistiu on-line, a 650 quilômetros de distância, mas torcendo como se estivesse segurando a mão da jovem.

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— Ver ela assistindo às 22h, chorando, para mim isso já tinha valido a pena — confessa.

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Gabriela voltou para casa, no bairro Victor Konder, com a coroa tão desejada. A alegria era tamanha que conseguiu dormir apenas duas horas e pulou da cama cedo nesta segunda-feira (28) para os primeiros compromissos como integrante da realeza. Ela reconhece que a magnitude do desafio tem sido vivenciada aos poucos, mas pretende terminar esse semestre da faculdade de publicidade e propaganda. Trabalhando com mídias sociais e modelo, a segunda princesa diz que 2025 é dedicação total à festa.

— A ficha não caiu ainda, está caindo aos poucos. Quando a gente pega a coroa, parece que não é real. Quando olha no espelho, vê a coroa e a faixa, pensa: “Meu deus, está acontecendo, o sonho está se realizando”. É uma emoção e felicidade muito grandes — afirma.

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