Que o cubano Fidel Castro é chamado de irmão pelo dirigente venezuelano Hugo Chávez, todos estão cansados de saber. O que muita gente ignora é que outro guerrilheiro ilustre, já morto, dá os ares da graça em Caracas e também apoia o regime socialista bolivariano de Chávez. Na realidade, não um cadáver, mas um sósia de um dos maiores mitos revolucionários do mundo, o argentino Che Guevara.
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Só que o Che que desfila na capital venezuelana é nascido ali, na favela de Petare, a maior da América. O mecânico Humberto López, 54 anos, percorre as ruas de Caracas num jipe militar Willis verde, dotado de sistema de som, do qual emanam rocks. No domingo ele estava perto do Palácio Presidencial Miraflores, embalado ao som de We Will Rock You, do Queen. Chamou tanto a atenção que até os carros paravam para tirar fotos.
Apaixonado pelo chavismo “e por todas as revoluções”, ele diz que guarda um fuzil em casa para defende Chávez, caso “as elites tentem tirá-lo de novo”. Mas ressalta: a melhor arma é a Constituição Bolivariana. E faz das palavras um ato, tirando do bolso um exemplar constitucional.