Se questionado sobre o sabor favorito, diria um fã incondicional: o gelado. Soberano no calor, o sorvete é aposta certeira nos dias quentes. Mesmo no inverno, o prato não sai dos cardápios e garante o negócio de empresários de Jaraguá do Sul, que investem na produção artesanal, aliando qualidade e sabor na busca por clientes. O doce é tão querido que ganhou até um dia especial: hoje é o Dia Nacional do Sorvete.

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Com produção própria desde 2008, a Spessatto Sorvetes é hoje uma das marcas mais fortes da cidade. Toda a família atua no negócio: os quatro irmãos Dione, Diomar, Marivania e Evandro, além dos pais Darci e Doralina. São 13 pontos de venda, incluindo dois bufês próprios e três pontos de venda de sorvete de máquina.

A produção aumenta a cada ano: em 2014, a média é de mil litros de sorvete diários no verão. No inverno, a média cai para 400 litros por dia. Desde que o bufê próprio no Centro foi aberto, há um ano, a venda triplicou. Apesar da redução e de culturalmente o brasileiro atribuir o sorvete a um prato de verão, uma das sócias-proprietárias da fábrica, Marivania Aparecida Spessatto, garante que o Sul ainda é a região do País que mais consome o alimento. Esta é a palavra, por sinal, que a empresária gosta de atribuir ao sorvete.

– O sorvete não é um refresco, é um alimento. Mas, apesar de a cultura do sorvete ainda ser dos dias quentes, o hábito está crescendo _ avalia ela.

Quem garante isso são os consumidores. Há pelo menos dois anos, o casal Marcos Rogério Felipe e Alessandra dos Santos Filipe são clientes do bufê da Spessatto. É lá que eles estão , ao menos uma vez por semana e em quase todos os fins de semana, para apreciar os sabores da marca. Além disso, o sorvete é a principal sobremesa da casa, presente no dia a dia e também nas festas.

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– No verão e no inverno, não importa a temperatura _ sorri Alessandra.

Segredo artesanal

A receita italiana original é a aposta de Fábio Pires e Eliane Maggioni, proprietários da Gelateria Maggioni. A rede de sorveterias que mantinham em Fortaleza foi transferida para uma loja única em Jaraguá do Sul há um ano e já arremata clientes fieis. Exemplo são Paula e Isabela Moretti. Mãe e filha visitam semanalmente o espaço para tomar sorvete. Além de apreciar no local, as duas levam potes para casa, garantindo o quitute do fim de semana.

Produzido diariamente na própria loja e feito com ao menos 30% de frutas naturais, o sorvete não é a única das atrações.

– Procuramos fazer o ambiente mais italiano possível, tudo inspirado no modo toscano _ conta o sorveteiro Fábio, que aprendeu a fabricar o produto após uma temporada no país itálico.

Por ser novo na cidade, Fábio ainda não tem os dados precisos de sua venda. Porém, estima 85 litros diários e espera dobrar a média no verão. Para o inverno, além do alimento principal, a casa ainda vende cafés e tortas. É o sorvete, porém, o chamariz. O sorveteiro é um árduo defensor dos prazeres e benefícios do sorvete e garante que ele próprio não passa um dia sem provar ao menos um sabor.

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Um sabor para a base

Tanto os proprietários da Gelateria Maggioni quanto os da Sorvetes Spessatto têm na ponta da língua o sabor predileto do jaraguaense. O chocolate é o mais pedido na cidade. Os sabores de fruta não ficam muito atrás, entretanto. Entre o público, não há idade definida: todos apreciam o sorvete.

Quando criado, o sorvete era uma sobremesa de inverno feita com gelo ou neve misturado à frutas. Foi na idade média, no fim dos anos 1200, que o desbravador Marco Polo trouxe a receita oriental para a Europa. A partir dai, a iguaria se popularizou. Atualmente, não há época para o sorvete, que é feito a partir de uma base única. À essa base são acrescentadas frutas, caldas e outros ingredientes que garantem o sabor.