O Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida é celebrado neste sábado (6). De acordo com o Ministério da Saúde, a data tem o objetivo de lembrar a importância de promover uma rotina de vida que inclua hábitos saudáveis.
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O Ministério da Saúde considera qualidade de vida ter boas condições de trabalho, de lazer, boas relações interpessoais, segurança, acesso a condições básicas de saúde, educação, mobilidade entre outras coisas.
De acordo com a psicóloga Dafne Andreatta, a qualidade de vida é um conceito amplo e complexo e varia conforme a percepção de cada um.
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— A qualidade de vida pode ser definida, num geral, como uma sensação íntima de conforto e bem-estar dentro da sua realidade, do seu estilo e momento de vida, do seu ciclo de relações, do seu trabalho e dos valores da comunidade a qual pertence — explica.
A qualidade de vida também inclui a dignidade ao acesso à políticas públicas coerentes como: saúde, educação, saneamento básico, alimentação, moradia, segurança, condições de trabalho, lazer e cultura para crianças, adultos e idosos, explica a psicóloga.
— Há a possibilidade de fazermos pequenos passos que podem ajudar a melhorar a nossa qualidade de vida como ter uma rotina de sono adequada, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação mais saudável, descansar, ter momentos de qualidade com quem amamos e nos fazem bem, investir em hobbies e, por fim, cuidar da saúde mental — pontua.
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Para a psiquiatra Julia Trindade, é importante lembrar que a qualidade de vida não significa a ausência de doenças.
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— É a pessoa estar bem. Ela está conseguindo se relacionar com as pessoas que ela gosta. Ela está conseguindo ter momentos de prazer, sentir bem-estar. E é bem importante para ter qualidade de vida que tenha condições. A felicidade está muito associada a gente ter condições mínimas — explica.
Confira cinco dicas para ter uma boa qualidade de vida
- Atividade física
Conforme a psiquiatra, praticar atividade física com regularidade é uma das principais formas de ter uma boa qualidade de vida. Além de melhorar, o humor e o sono, fazer esportes diariamente também tem influência nas interações sociais.
— Já tem vários estudos mostrando que atividade física, além de ser tratamento dos transtornos mentais, ela ainda é uma prevenção. Atividades físicas feitas em grupos, melhora a interação social — fala.
- Alimentação
Ter uma alimentação balanceada é outra forma de ter uma boa qualidade de vida. Segundo a psiquiatra, uma pessoa com boa nutrição tem menos aspectos ansiosos e queda nos sintomas depressivos.
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— Inclusive se fala muito da dieta mediterrânea. É o que mais tem evidência do ponto de vista de qualidade de vida, de saúde mental. Essa dieta mediterrânea, que é com mais peixes, oleaginosas, legumes, verduras, também é outra coisa importante — diz Julia.
- Rede de apoio
Ter bons relacionamentos e uma rede de apoio social também influenciam na qualidade de vida de uma pessoa, explica a psiquiatra.
— Ter relacionamentos de qualidade, ter lugares e pessoas que você vai, que se sente bem, ter um grupo. Essa ação de pertencimento, nós somos seres sociais e precisamos dessa rede de apoio — pontua.
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- Sono
O sono é fundamental para saúde mental e para qualidade de vida. Uma noite bem dormida ajuda a evitar problemas de cognição e de doenças cardiovasculares, além de interferir no humor e na memória.
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— Para melhorar o sono é a prática de atividade física, mas tem higiene do sono, que é aquela coisa de diminuir a exposição à luz, diminuição da exposição a telas perto do horário de dormir, horário para dormir, horário para acordar e fazer coisas relaxantes antes da hora de dormir — diz.
- Diminuir o estresse
Aplicar técnicas de relaxamento para diminuir o estresse da vida cotidiana também influencia na qualidade de vida, explica a psiquiatra. A dica, segundo Júlia, é fazer meditação e sempre lembrar de respirar.
— A atenção plena pode ser quando eu estou tomando banho, de prestar atenção na água, de prestar atenção à temperatura, quando eu estou lavando louça. Estar presente naquele momento que eu estou em uma relação com as pessoas, de não ficar olhando o celular o tempo inteiro. E mesmo técnicas de meditação, de respiração, é só uma questão de parar, soltar o ombro, respirar. Soltar a mandíbula. Isso já ajuda bastante pra a gente ter uma qualidade de vida constante — finaliza a psiquiatra.
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