Não é de hoje que atividades como trabalho, estudo, compras e até mesmo consultas médicas caminham em direção ao mundo online. Porém, a pandemia acelerou esse processo e impôs a presença digital para que as empresas, as instituições de ensino e os profissionais se mantivessem atuantes durante este período. Com todo esse aumento das atividades remotas, o setor de Tecnologia da Informação, seus profissionais e seus serviços tiveram que suportar a nova demanda do mercado.

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Segundo o professor e coordenador de cursos da UniSociesc Joinville, doutor Ricardo José Pfitscher, todo o setor de TI foi essencial para que as atividades econômicas continuassem durante o isolamento social.

– Houve uma demanda muito grande de profissionais e tecnologias para suportar o trabalho remoto. Em uma palestra da Microsoft Azure, foi falado em um aumento de demanda de 775% para sua infraestrutura de nuvem – comenta o professor.

Mercado carece de profissionais capacitados

Os profissionais de TI são os responsáveis por toda essa operação de levar o presencial para o digital e, como era de se esperar, também tiveram aumento no número de solicitações de seus trabalhos durante a pandemia. O professor da UniSociesc e mestre em Computação Aplicada, Arquelau Pasta, explica que pesquisas da área mostram que o setor de TI está em busca de novos profissionais.

– Com o aumento da demanda, o setor carece de profissionais capacitados. Várias empresas estão investindo em suas universidades corporativas, criando programas de treinamento aliados a vários programas que já são consolidados, como o Entra21 (treinamento gratuito em Tecnologia e Comunicação), por exemplo – acrescenta Arquelau.

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Soluções mais solicitadas da área de Tecnologia da Informação durante a pandemia

Durante a pandemia, um dos serviços mais solicitados da área de TI tem sido de desenvolvimento e implementação de mecanismos para conexão e comunicação remota, fundamentais para viabilizar a atuação dos profissionais em diversas áreas. O e-commerce também apresentou uma expansão significativa. Devido ao isolamento social, as compras pela internet foram mais demandadas pelos clientes e também pelas empresas, que precisavam manter seus negócios.

Além disso, em razão da adoção da modalidade de trabalho home office e das aulas remotas, solução para muitas instituições de ensino, as videoconferências ganharam destaque. Porém, nem todas as organizações estavam preparadas para essa nova perspectiva de trabalhos remotos e muitas tiveram que investir em infraestrutura.

Agilidade na adaptação do ensino às novas demandas

Algumas instituições, como a UniSociesc, não tiveram dificuldades para se adaptar a esse novo mundo.

– O que nós percebemos é que na UniSociesc, devido à característica de o grupo já ter uma plataforma de ensino remoto, a virada para o digital aconteceu de forma quase transparente aos estudantes – explica Ricardo.

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A VP de Transformação Digital na nima Educação, a administradora Patrícia Fumagalli, conta que o grupo de educação acompanhou essa adaptação de perto.

– Quase toda a nossa base de alunos já realizava atividades online em nossa plataforma. A adaptação que tivemos que fazer foi, portanto, migrar todas as aulas presenciais para o ambiente online, inserindo os professores presenciais na plataforma – afirma.

Segundo a VP, toda essa agilidade só foi possível porque a nima Educação já trabalhava com o ensino híbrido, que – mescla as aulas presenciais com atividades online, desde 2017. Dessa forma, a nima já possuía uma plataforma pronta, flexível e escalável, com todos os recursos, incluindo ferramenta para aulas síncronas integradas e diversos conteúdos disponíveis.

O ensino híbrido está no futuro da educação

Educação com Propósito
(Foto: Freepik)

O bom desempenho da nima durante o período mostra que inovar é o caminho certo para o futuro da educação, assim como o ensino híbrido.

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– Termos inovado no passado nos preparou para este cenário que se apresentou agora, o que significa que temos que continuar inovando – e num ritmo ainda mais acelerado – para darmos conta de um novo modelo de mercado que está se constituindo com essa nova experiência dos estudantes – comenta Patrícia.

Agora, o desafio para continuar com o sucesso do ensino híbrido estará em saber como articular as diversas atividades nestes ambientes – presenciais e online – de forma que elas se reforcem e contribuam para um modelo de aprendizagem efetivamente fluído e integrado para os acadêmicos.

Tendências para o setor de TI

Para o setor de Tecnologia da Informação, de forma geral, a tendência é de crescimento ainda maior das áreas de comunicação, serviços em nuvem, conectividade, big data, análise e segurança de dados.

– Devemos perceber também aumento de demanda em setores como o da saúde, onde poderemos ver novas modalidades de consulta, novos tipos de testes e acompanhamento de pacientes, e mudanças nos hábitos de consumo, que vêm a reforçar o e-commerce e toda sua cadeia – explica Arquelau.

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Dessa forma, o setor deve estar mais atuante ainda no desenvolvimento de soluções que permitam o trabalho remoto de forma ergonômica e com medição de qualidade de trabalho, ou seja, sem sobrecarga.

– Será preciso fornecer tecnologias de rede e infraestrutura, que permitam acesso ao trabalho de forma remota, e implementar soluções que apliquem inteligência artificial nas áreas de educação, saúde e mobilidade urbana – finaliza Ricardo.

​​Saiba mais sobre o ensino do futuro acompanhando o canal Educação com Propósito, no NSC TOTAL.