Deputados do Solidariedade, que estiveram nesta sexta-feira com o vice-presidente Michel Temer no Palácio Jaburu, anunciaram que entrarão com uma ação civil pública no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que a presidente Dilma Rousseff faça pronunciamento em rede nacional de TV, previsto para a noite desta sexta-feira.
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— Ela só vai incentivar que o povo fique ainda mais irritado. Quer fazer propaganda de um governo que acabou — criticou o presidente do partido, Paulinho da Força (SP).
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Ele argumenta ainda que a presidente vai usar dinheiro público para fazer propaganda visando sua defesa pessoal às vésperas da votação do impeachment.
O líder da bancada, Genecias Noronha (CE), disse que o partido quer evitar tumulto nas ruas.
— Ela só vai indignar mais ainda a sociedade, vai acontecer um grande panelaço e será mais um tiro no pé — afirmou. Paulinho e Noronha negaram que tenham discutido com Temer a iniciativa de recorrer à Justiça para impedir que Dilma vá à TV.
— É uma decisão nossa — afirmou o líder.
Segundo o deputado, uma possível participação do Solidariedade no governo só será discutida depois de encerrado o processo de impeachment e de Temer assumir o cargo de Dilma.
— Fomos o primeiro partido a apoiar o impeachment, em fevereiro do ano passado. Estamos juntos (a Temer) agora e no futuro. Não fomos tocar em cargos, depois se discute a participação de cada partido — afirmou o presidente do Solidariedade.
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Ao final da entrevista, o deputado Fernando Francischini (PR) ironizou a decisão de Dilma de falar em rede de TV.
— A gente não quer a presidente em cadeia nacional de TV, a gente quer o PT em cadeia federal — afirmou.
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*Estadão Conteúdo