Uma fonte do ministério russo da Defesa confirmou a detenção de soldados do país em território ucraniano, como anunciou Kiev, mas afirmou que os militares atravessaram a fronteira “por acidente”.
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– Os militares em questão participavam em patrulhas na fronteira Rússia-Ucrânia e a atravessaram, talvez por acidente, em uma área sem demarcação – disse a fonte, citada pelas agências oficiais russas Itar Tass e Ria Novosti.
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Segundo as forças de segurança ucranianas, 10 paraquedistas foram detidos em Dzerkalne, a 20 km da fronteira e a 50 km do reduto separatista pró-Rússia de Donetsk. De acordo com Kiev, os detidos são soldados do 331º regimento da 98ª divisão aerotransportada, com base na Rússia central.
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Os soldados, detidos com documentos de identidade e armas, afirmaram que foram enviados à região russa de Rostov, perto da fronteira com as regiões ucranianas rebeldes de Donetsk e Lugansk, e depois a território ucraniano, segundo Kiev.
A fonte militar russa indicou que os homens não resistiram à detenção e afirmou que soldados ucranianos atravessaram a fronteira com a Rússia em várias ocasiões.
Kiev acusa regularmente Moscou de enviar militares e blindados a território ucraniano, de atirar contra seu território e de fornecer armas e combatentes aos rebeldes pró-Rússia. Moscou nega as acusações.
Assessora de Obama alerta para ‘escalada significativa’ de incursões russas na Ucrânia
As “incursões militares” da Rússia na Ucrânia constituem uma “escalada significativa”, afirmou na noite de segunda-feira Susan Rice, assessora de segurança nacional do presidente Barack Obama, após Kiev anunciar a captura de soldados russos em seu território.
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– As incursões militares da Rússia na Ucrânia, incluindo artilharia, sistemas de defesa aérea, dezenas de tanques e soldados, representam uma escalada significativa. As incursões reiteradas da Rússia na Ucrânia são inaceitáveis, perigosas e incendiárias – escreveu Rice no Twitter.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, se encontrarão em Minsk nesta terça-feira para conversar sobre a crise. Na segunda-feira, Poroshenko dissolveu o parlamento e convocou eleições para 26 de outubro. Ele justificou a sua decisão dizendo que alguns dos atuais deputados são “partidários da rebelião separatista e favoráveis à língua russa na Ucrânia meridional e oriental”.
*AFP