Foram registrados violentos combates entre soldados e rebeldes ao redor do aeroporto até a madrugada desta sexta-feira, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), informando que os combates e os bombardeios prosseguiam em várias localidades da Ghuta oriental, assim como nos bairros do sul da capital.

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“O lado ocidental da rota do aeroporto está protegido, assim como uma pequena parte do lado oriental, o que atualmente permite que os viajantes a utilizem”, declarou nesta sexta-feira à AFP uma fonte dos serviços de segurança.

“Mas o mais difícil ainda não foi realizado. O exército quer recuperar o controle da costa oriental, onde há milhares de terroristas, e isso levará vários dias”, acrescentou. Na terminologia do regime, “terroristas” designa os insurgentes.

Segundo o OSDH, uma organização não governamental com sede na Grã-Bretanha que se baseia em uma rede de militantes e de fontes médicas civis e militares na Síria, dois funcionários da aviação civil morreram quando viajavam em um ônibus que transportava os trabalhadores, embora a direção da Syrian Air tenha afirmado que eles só foram feridos.

A ONU anunciou que ao menos quatro membros de sua missão de manutenção de paz nas colinas de Golã foram baleados quando circulavam em um comboio que se dirigia ao aeroporto.

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Na quinta-feira, segundo o OSDH, a violência deixou 108 mortos: 41 soldados, 47 civis e 20 rebeldes. Os delegados de 67 países “Amigos do Povo Sírio”, reunidos em Tóquio, lançaram um chamado a impor um embargo petroleiro contra o regime sírio.

“A violência dura mais de 20 meses e o número de mortos supera atualmente os 40.000. Há uma crise humanitária. Nós temos uma extensão da crise a toda a região”, destacou o ministro das Relações Exteriores do Japão, Koishiro Gemba.