Mais de três anos após sua prisão no Iraque, o soldado Bradley Manning foi condenado nesta quarta-feira a 35 anos de prisão por vazar um volume sem precedentes de documentos classificados para o WikiLeaks.
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A condenação de Manning aconteceu em uma corte militar americana em Fort Meade, próximo da cidade de Baltimore, depois de um julgamento que durou 12 semanas e de uma batalha legal bem mais longa sobre suas intenções ao entregar o conteúdo ao portal de Julian Assange.
A acusação descreveu Manning, agora com 25 anos, como um hacker anarquista e um traidor, que começou a trabalhar poucas semanas depois de ser mandado ao Iraque para dar ao WikiLeaks e a seu fundador, Assange, exatamente o que queriam.
O governo havia pressionado a juíza, Coronel Denise Lind, a condená-lo a 60 anos de prisão por crimes que incluem seis violações ao Ato de Espionagem, cinco acusações de roubo e fraude digital.
Já a defesa mantinha que o soldado era um idealista com motivos puros – expor verdades brutais sobre as Forças Armadas americanas e suas representações diplomáticas.
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– Pensei estar ajudando, não ferindo as pessoas – disse Manning em desculpas à corte na semana passada.
O material vazado pelo soldado inclui um vídeo de um ataque americano de helicóptero que matou ao menos dois civis: um fotógrafo da agência de notícias Reuters e seu motorista.