Um soldado israelense que matou um palestino ferido, quando estava caído no chão e sem representar nenhuma ameaça aparente, foi declarado culpado de homicídio nesta quarta-feira depois de um julgamento que dividiu profundamente a opinião do país.
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O julgamento contra o soldado Elor Azaria em um tribunal militar começou em maio e, durante este tempo, inúmeros políticos conservadores defenderam sua ação, apesar de altas patentes militares condenarem o crime.
Cerca de 40 pessoas manifestaram seu apoio ao militar, que também tem nacionalidade francesa, diante da sede do exército.
O caso do sargento Elor Azaria, que tinha 19 anos no momento dos fatos, em março de 2016, levanta a questão do respeito aos valores éticos do exército frente aos frequentes ataques palestinos.
Um vídeo feito por um militante palestino de uma organização de defesa dos direitos humanos, e difundido nas redes sociais, mostra Azaria conversando com outro soldado antes de apontar para Abdel Fattah al Sharif em Hebron, na Cisjordânia.
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O palestino de 21 anos acabava de atacar com uma faca, junto a outro palestino, os militares. Ferido a bala, estava caído no chão e parecia não representar qualquer perigo quando Azaria atirou contra ele.
Segundo o militar, havia o perigo do palestino tentar atacar de novo.
* AFP