O soldado israelense Elor Azaria apelou nesta quarta-feira sua recente condenação a 18 meses de prisão por ter matado um palestino ferido no chão, informou sua defesa.
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Esta apelação acontece quatro dias antes da data prevista de sua ida à prisão.
Nesta quarta-feira, o Exército israelense, questionado pela AFP, não disse se Elor Azaria começaria a cumprir sua pena na prisão militar de Atlit no domingo, como estava previsto.
Elor Azaria, de 21 anos, foi condenado em 21 de fevereiro por um tribunal militar a 18 meses de prisão, após vários meses de um dos julgamentos que mais dividiu a opinião pública israelense.
O soldado, que também tem cidadania francesa, foi filmado em 24 de março de 2016 quando atirava na cabeça de Abdul Fatah al-Sharif em Hebron, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel.
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O palestino, ferido com um tiro e deitado no chão, havia acabado de atacar soldados com uma faca.
O advogado do soldado, Yoram Sheftel, interpôs uma apelação da condenação, disse um porta-voz.
Sheftel, um conhecido advogado israelense que defendeu o nazista “Ivan, o terrível”, se uniu à equipe de defesa em janeiro.
Os três advogados que representavam Elor Azaria desde sua detenção anunciaram nesta quarta-feira que não iriam mais defendê-lo, já que estavam em desacordo com a decisão de seu cliente de recorrer à condenação.
Os magistrados explicaram em um comunicado que outras opções teriam sido cogitadas, como um pedido de redução da pena ou o indulto presidencial.
A acusação teria pedido entre três e cinco anos de prisão.
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