Ao lado do Cemitério do Imigrante de Joinville, a Casa da Memória abriga um acervo de mais de três mil livros em alemão. A compilação foi feita a partir de doações pela equipe da Sociedade Cultural Alemã, entidade sem fins lucrativos criada em outubro de 1999. O acervo é aberto ao público para pesquisa ou empréstimo da comunidade.
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A atuação da sociedade envolve a preservação da cultura alemã e também o incentivo a eventos culturais. Em 2002, surgiu, por exemplo, o Domingos Musicais, apresentando primeiramente música erudita, depois, introduzindo outros gêneros. O evento ocorre até hoje e enche o jardim ao lado da Casa da Memória.
A equipe também fez o levantamento e a pesquisa dos brasões de algumas famílias alemãs da cidade, que estão expostos na sede da sociedade. Além disso, a entidade mantém um grupo de conversação desde 2003, em que interessados em praticar a língua alemã podem participar. Em 2018, foi criado o grupo de iniciação em alemão.
– Manter este legado é muito importante. Em 2019 completaremos 20 anos, e estamos preparando uma comemoração. Hoje percebemos o aumento do interesse dos mais jovens pela história e pela cultura dos antepassados – ressalta Norma Ladis Kricheldorf, presidente da Sociedade Cultural Alemã.
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Joinvilense aprendeu técnicas de como fazer um chocolate na Suíça
O chocolate europeu, em especial o suíço, é um dos mais cobiçados e famosos do mundo. E foi na Suíça que uma empresária de Joinville aprendeu a técnica para desenvolver o doce aqui na cidade. Dorotea Kasten, também descendente de imigrantes, buscou aprimoramento e técnicas que alavancassem seu negócio. A Doce Beijo nasceu como uma bomboniere revendendo produtos de outros fabricantes, mas, com o crescimento, o passo seguinte foi produzir o próprio chocolate. Em 2008, ela se formou especialista na Chocolate Academy Carma, em Zurique.
– A diferença do chocolate suíço é o leite. As vacas são tratadas para isso. Até mesmo a movimentação delas nos pastos é motivo de festas na região – conta.
A primeira fábrica mecanizada do produto surgiu em 1819, na Suíça. François-Louis Cailler transformou um moinho na fábrica de uma das marcas mais famosas.
Hoje, a empresária utiliza chocolate belga em seus produtos, mas todo o aprendizado de como fazer veio da Suíça. Durante anos, ela também trouxe produtos da Alemanha, pois, segundo Dorotea, o chocolate alemão tem a excelência como marca, na produção e na apresentação.
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* Textos: Letícia Caroline Jensen, especial para o AN