Fazer uma ideia sair do papel pode ser mais difícil do que muitas pessoas imaginam. Da implementação de melhorias na ideia inicial ou até a mudança no foco do projeto, muita coisa pode acontecer até o negócio começar a funcionar. Para ajudar os novos empreendedores catarinenses nesse caminho, o Social Good Brasil realiza pelo segundo ano consecutivo o laboratório de acompanhamento de projetos sociais na área de tecnologia. O Social Good Lab (SGL) terá 57 grupos participantes este ano, sendo 26 de Santa Catarina e o restante de São Paulo. As primeiras reuniões ocorrem neste fim de semana.

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Com cerca de 600 clientes cadastrados em menos de um mês, o site “Plante pra Mim“, idealizado pela Suzeli Simon e o Rodrigo Copetti já começa a dar os primeiros passos. Ela afirma que a participação no SGL 2013 foi um dos trunfos para não cometer erros.

_ No começo tínhamos apenas uma ideia, que era vender produtos orgânicos. Com a orientação do SGL, aprendemos como se constrói um plano de negócios. Há um mês conseguimos abrir o nosso site e já temos vários clientes. Nosso foco não é apenas vender os produtos, mas também informar para o consumidor quem cultivou esses alimentos – disse Suzeli.

Os empreendedores selecionados pela equipe do Social Good Brasil participam de palestras e recebem acompanhamento de facilitadores, que em geral são empresários com experiência no mercado. Em alguns casos, as dicas resultam em mudanças drásticas nos projetos.

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_ A nossa ideia era sobre um aplicativo educativo, mas estávamos um pouco inseguros e o nosso facilitador nos ajudou a buscar um novo projeto. No final, fizemos um aplicativo que ajuda nutricionistas a orientarem seus pacientes – contou Thiago Marques, outro participante da última edição do SGL.

O consultor de empresas Edgard Stuber é facilitador dos empreendedores escolhidos pelo Social Good Brasil e explica como funciona a orientação para transforma uma ideia em um negócio viável.

_ Todos nós vemos soluções automáticas para alguns problemas, mas não é isso que vai fazer você se diferenciar. Por isso, nos primeiros dias, prefiro tentar estimular a forma como o jovem empreendedor vê a sua ideia. Para isso, antes ele precisa aprender a ver soluções para outros problemas – disse Stuber, que fará uma palestre sobre Design Thinking para os 26 grupos participantes.

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Mais projetos para 2014

No ano passado, apenas 15 ideias foram selecionadas para participar do SGL. Em 2014, 285 empreendedores inscreveram projetos, e 57 foram escolhidos. O coordenador do Social Good Brasil, Guilherme Sarkis, fala sobre o crescimento do programa.

_ O SGL estimula jovens empreendedores a desenvolverem seus negócios. Começamos no ano passado com 15 projetos de Santa Catarina. Este ano houve teremos quase quatro vezes esse número, e parte dos projetos será acompanhada em São Paulo – disse.

Trabalhando na área de tecnologia da informação, Cássio Sperry é um dos selecionados para o SGL. Ele pretende desenvolver um site que facilita a busca por empregos.

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_ Sou de Chapecó e tive que fazer uma entrevista de emprego em Blumenau há alguns anos. Foi quando tive a ideia de fazer um site que encontre empregos próximo da residência do candidato. Já temos mais de 1.400 candidatos e 300 oportunidades de emprego – contou.