Todo o caminho foi superado por membros da delegação da Chapecoense e pelos sobreviventes brasileiros da tragédia, que superaram as dificuldades e as fortes emoções para dar um último adeus às 71 vítimas da tragédia.

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O goleiro Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto e o jornalista Rafael Henzel voltaram ao local onde foram encontrados com vida em 29 de novembro do ano passado. Eles caminharam por toda a trilha. Follmann, que teve parte da perna direita amputada, completou a subida com a ajuda de socorristas dos bombeiros e da defesa civil.

— Poder voltar aqui é uma emoção muito grande. Tenho muita saudades dos amigos que nos deixaram — exaltou o goleiro sem esconder a emoção.

Jackson Follman subiu a trilha no local dos destroços com ajuda de socorristas
Jackson Follman subiu a trilha no local dos destroços com ajuda de socorristas (Foto: Caê Mota / Globo Esporte)

Os sobreviventes não seguiram até o final da trilha, mas a reportagem do Diário Catarinense foi até o topo do morro. Pelo caminho, ainda é possível ver destroços do voo da LaMia.

No lado alto do Cerro Gordo, onde o avião se chocou, foi colocada uma bandeira da Chapecoense juntamente com cruzes feitas com galhos de árvores. Funcionários do clube penduraram a flâmula assinada por membros da delegação, em um momento que ficará eternizado na memória dos presentes.

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— Que eles descansem em paz e que olhem por todos que deixaram aqui embaixo. Temos muitas saudades deles, mas é um ciclo que se fecha — disse Elisabeth de Nes, mulher do presidente da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho.

Em La Unión, as marcas do acidente aéreo não são vistas apenas no Cerro Gordo, onde estão os destroços. O sentimento da cidade ainda faz lembrar as vítimas da Chape. Na Plaza de La Unión, a população preparou esculturas com destroços do avião para presentear a delegação. Bandeiras do Brasil e da Chapecoense também decoram lojas e restaurantes.