A sobrecarga em alguns trecho da BR-101, em Santa Catarina, gerou um alerta da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) sobre “risco de colapso”. A entidade enviou um ofício à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pedindo mais agilidade na aprovação de investimentos para dar mais segurança e fluidez ao trânsito na rodovia.
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No documento, a Fiesc destaca que a concessionária da rodovia protocolou junto à agência um conjunto de propostas de execução de obras de R$ 2,63 bilhões (valores de 2017), para o trecho que vai de Biguaçu a Balneário Camboriú. A entidade perguntou qual a previsão de tempo para análise e o encaminhamento do tema pela ANTT.
De acordo com a concessionária, a Arteris Litoral Sul, a proposta de “novos investimentos não previstos no Contrato de Concessão, visam, principalmente, aumentar a capacidade de tráfego da rodovia”. Cabe à ANTT avaliar a incorporação dos projetos ao contrato e também o investimento adicional necessário para a realização.
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No ofício de reforço ao pedido da concessionária, a Fiesc também alerta para os níveis críticos de serviços da rodovia e diz que há segmentos que devem ser priorizados, como o trecho de Itapema a Navegantes, passando por Balneário Camboriú e Itajaí, assim como o segmento entre Joinville e Garuva. Nestes trechos são necessárias obras para construção de travessias urbanas, ruas laterais, passagens em desnível, implantação de acessos, dentre outros.
“Considerando a situação de colapso deste importante corredor logístico brasileiro, pedimos especial dedicação desta destacada agência na busca de soluções céleres para prover investimentos emergenciais tão necessários”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, que assina o ofício.
O presidente chama a atenção para o fato de que, além da economia do Estado depender da rodovia, um dos mais importantes complexos portuários da América do Sul, que ocupa a segunda posição no ranking de movimentação de contêineres do País, está localizado no trecho da BR-101.
“Ou seja, são cargas de valor agregado, cuja competitividade e eficiência estão comprometidas, apesar de contribuírem substancialmente para a inserção do Brasil no comércio internacional e para geração de renda, tributos, empregos e circulação da economia”, completa.
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O tema foi discutido durante uma reunião em Brasília entre o diretor institucional e jurídico da FIESC, Carlos José Kurtz, o executivo da Câmara e do Conselho de Logística e Transporte da FIESC, Egídio Martorano, o presidente da Fetrancesc, Dagnor Schneider, e o senador Esperidião Amin com o diretor da ANTT, Guilherme Theo Rodrigues da Rocha Sampaio, e sua equipe. O ofício também foi enviado para o Fórum Parlamentar e para os senadores catarinenses.
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