Histórias engraçadíssimas de Jackson Five, personagem motoboy de Marco Luque, aquele do CQC, foram parar em páginas ilustradas por ele mesmo. O “mano” conversou com a gente. Disse que é motociclista há 9 anos e contou de sua paixão por motos custom. Ele também falou sobre a inspiração do livro e disse que o personagem pode ir parar na telona a partir do ano que vem. Confere aí.

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A bordo da querida e inseparável moto Lady Laura, o livro Jackson Five – Organismo Pulsante, traz mais de 60 crônicas, reflexões e dicas nas palavras do personagem. Quem ler, não deve se importar com as grafias e gírias de “nóis”, “mano”, “coicidência”, “buly”, porque o modo de falar característico do personagem foi preservado.

– Não só de problemas da megalópolis se vive um motoboy! Nóis também consegue se locomover nas entrelinhas cotidiânicas de nóis mesmos – manda Marco Loque, com sua forma reflexiva e bem humorada de lidar com as situações difíceis.

O livro tem ilustrações do ator, que também é artista plástico. Cheio de gírias, sacadas espertas e tiradas do motoboy Jackson Five, o apresentador dá vida (em livro!) a um dos personagens de mais prestígio de sua carreira.

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Sobre Motos – Há quanto tempo você é motociclista?

Marco Luque – Tenho motocicleta já há nove anos.

Sobre Motos – Como é essa tua paixão por duas rodas? Você já teve diversas motos?

Marco Luque – Gosto muito da moto, do motor. Aquele brinquedo, aquele barulho do motor. É uma coisa que me atrai muito. A moto me realiza: o barulho que tu ouve mais na barriga que na orelha. Já tive diversas motos, não tenho marca preferida, já tive de tudo, de moto pequena a grande. Não importa a cilindrada, é muito gostoso sentir o ventinho na cara.

Sobre Motos: Tens uma moto customizada. O que mudou?

Marco Luque – Putz! Troquei a mesa, os garfos da frente (começa a rir e delirar feliz). Troquei as rodas da frente, coloquei uma aro 180. Soldei o paralama traseiro na balança, então ele pode ficar mais próximo da roda. Tirei a garupa, coloquei um selim individual. Fiz fosca, coloquei banda branca no pneu. Ficou confortável.

Sobre Motos – Teu estilo de vestir é custom ou esportivo?

Marco Luque – Prezo por minha segurança. Ando sempre com equipamento. Tenho esposa, família, filha. Meu equipamento tem coisas esportivas, como bota e jaqueta com proteção, mas de vez em quanto vou com a jaquetinha de couro, fazendo um style estradeiro.

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Sobre Motos – Quando você costuma usar a moto?

Marco Luque – Eu ando sozinho. Sempre pego para fazer alguma coisa rápida. Para gravar, ir na produtora, para a academia. Quando eu saio para dar rolê, eu vou sozinho. Eu gosto de viajar ao lado de minha esposa e de minha filhinha. Mas com elas, vou de carro. “Não importa a cilindrada é muito gostoso sentir o ventinho na cara”.

Sobre Motos – Como surgiu o Jackson Five?

Marco Luque – Quando estava na Terça Insana, tinha necessidade de criar um personagem por mês. Daí surgiu a ideia de fazer um motoboy, pois era uma classe que estava crescendo muito e ninguém tinha feito um motoboy. O Jackson Five foi criado há oito anos para o Terça Insana, espetáculo de humor idealizado pela atriz e diretora Grace Gianoukas. Foi muito legal porque eu dei voz para uma classe que muitas vezes é incompreendida, as pessoas não gostam muito, só querem ficar com raiva, mas que no fundo, no fundo, é uma pessoa. Mas é legal porque o trabalho que eu faço com o Jackson Five é fazer com que as pessoas prestem a atenção nesta galera e mostrar que eles são seres humanos trampando. O nome foi concebido por sua mãe, culpa da mãe. As pessoas simples gostam de caprichar no nome e ai ficam estas coisas: Jackson Five. Ele tem uma moto que ele chama de Lady Laura.

Sobre Motos – Como saiu o teu personagem? Fizestes alguma imersão?

Marco Luque – Eu peguei o jeito, um estilo de falar de um cara que eu conhecia, um “mano lá”. E conversando com a galera mesmo. Com os motoboys andando junto, tinha uma moto pequeninha, andando nos corredores, dava para ver os problemas às situações que eles passam.

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Sobre Motos – Como foi fazer participar da campanha o Trânsito Mais Gentil?

Marco Luque – Foi para conscientizar os próprios motoboys dos riscos que eles passam. Dar conscientização para que eles usem instrumentos de proteção adequados. Capacete adequado, usar luvas, uma jaqueta, ter uma proteção. Não sair que nem louco, respeitar as leis que realmente favorecem a segurança.

Sobre Motos – E esse livro?

Marco Luque – O livro chama-se “Organismo Pulsante”. Escrito com o jeito que o motoboy fala. Surgiu de um diálogo com a Editora Novo Século, um livro exclusivo do personagem motoboy. Como eu já tinha 200 histórias que foram ao ar, a gente selecionou 60 que estavam gravadas na Rádio. A gente colocou no papel e transcreveu, adaptou para o papel, pois uma coisa é você escutar e uma coisa é você ler. E eu fiz no livro 60 ilustrações. Sou formado em Artes Plásticas e adoro desenhar. Fiz os desenhos com muito carinho, espero que as pessoas gostem.

Sobre Motos – Tem alguma perspectiva de Jackson Five virar filme?

Marco Luque – Estamos em conversa para este projeto com minha produtora, mas não para o ano que vem, porque filme é uma coisa que demora, mas fatalmente para 2015.

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Sobre Motos – Como as pessoas enxergam o Jackson?

Marco Luque – A galera gosta do personagem, ele é divertido, é do bem. Percebo que as pessoas querem ser amigas dele.

“O motoboy de verdade ri ao ver espelhado, como em um retrovisor, as várias situações geradas pelo caótico trânsito das grandes cidades”.