
Qual é a experiência de aprendizagem mais marcante que você já viveu? Ao longo de 2008 e 2010, fizemos essa pergunta para centenas de executivos de empresas dentro do extinto Espaço Real de Práticas em Sustentabilidade. O que as respostas tinham em comum?
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Três coisas: 1) as pessoas nunca citavam vivências dentro de uma sala de aula convencional; 2) o aprendiz estava numa posição protagonista; e 3) a experiência sempre envolvia vínculo com outra(s) pessoa(s).
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De lá para cá, muita coisa mudou. Nunca tivemos tanta informação disponível. Há cursos gratuitos das mais famosas universidades do mundo na internet. Há muito mais lives, tours e cursos do que conseguimos consumir. Infelizmente, a overdose de informação às vezes vem acompanhada de ansiedade, dúvida sobre si mesmo e solidão. Mais do que nunca, precisamos de calma e de conexão conosco mesmo e com os outros.
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Algumas experiências educacionais mostram o caminho. Desde 1984, o Centro Popular de Cultura de Desenvolvimento sob a liderança do Tião Rocha faz educação “em baixo do pé de manga” e transforma comunidades do Vale do Jequitinhonha por meio da cultura e da participação coletiva.
Outra experiência incrível é o programa educacional Guerreiros sem Armas, promovido pelo Instituto Elos. Com duração de um ano, ele convoca jovens transformadores para conhecer a si mesmos, colocar a mão na massa com humildade em lugares que precisam e depois replicar o impacto de forma online e presencial.
Aprender conteúdos inovadores de forma colaborativa sempre foi o DNA da Hub Escola, o festival de aprendizagem da comunidade de empreendedores do Impact Hub no Brasil inteiro. A chamada de oficinas é aberta, o Impact Hub faz a curadoria para privilegiar conteúdos inovadores e o resultado financeiro é dividido.
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Quando desenhamos o festival de 2021 (que ocorrerá de 13 a 18 de setembro e está com inscrições abertas), pensamos: qual modelo de Hub Escola poderia servir às necessidades atuais da melhor forma? Se quase tudo já foi dito, o que sobra para o futuro?
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Tendo essa pergunta como tema, a escolha foi fazer tudo online e democratizar o acesso, com a intenção de chegar a 1.000 pessoas, entre empreendedores, estudantes e profissionais em transição de carreira, que pagam quanto podem para participar. Outra escolha foi privilegiar a diversidade em tudo, dos materiais de comunicação ao convite aos participantes, passando pela seleção de facilitadores e inclusão de atividades artísticas, sensoriais e esportivas.
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A terceira escolha é continuar o diálogo e a prática depois do festival, por meio de trocas na plataforma online Impact.vc e novos projetos, que sempre surgem a partir do encontro de tanta gente empreendedora.
O jeito mais poderoso de aprender envolve conteúdos que fazem sentido, aplicação prática e vínculo com outras pessoas. Juntar esta receita com as novas tecnologias permite incluir mais pessoas e, quem sabe, ampliar o movimento de construção de um mundo justo e sustentável.
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