A histeria começou na quinta-feira à noite. Recebi, de mais de um contato, a informação – importantíssima e urgente – de que o WhatsApp ficaria fora do ar por 48 horas. “Um absurdo”, bradavam alguns. O motivo? Ninguém sabia me dizer. Mas pouco importava. O que importava mesmo é que as pessoas teriam que ficar dois dias inteiros sem poder se conectar com essa tão importante ferramenta da modernidade.
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Lembrei-me de quando eu mesma instalei o aplicativo no meu aparelhinho: todo mundo que eu conhecia – inclusive pai, mãe, irmãos, tios, amigos – já faziam uso do zap-zap e eu estava atrasada e resistente. Instalei o dito-cujo. Houve quem dissesse que eu podia contar: não daria mais que uma se-mana para eu já estar viciada.
“Sou a única pessoa que eu conheço que usa o aplicativo para o fim a que ele realmente se destina: comunicar coisas importantes na hora em que eu preciso, de um modo rápido e eficiente”
O caso é que não viciei. Mas é que eu sou um alienígena em meio a tantos terráqueos. Sou do tipo que não tem televisor em casa, do tipo que não cai nas graças do WhatsApp (ou foi ele que não caiu nas minhas?). Pensa comigo: se eu quero compartilhar vídeos engraçados, mensagens fofas, fotos, eu já tenho outras redes sociais à minha disposição. Nudes, a grande onda do momento, não são a minha praia. Ou seja, eu sou a única pessoa que eu conheço que usa o aplicativo para o fim a que ele realmente se destina: comunicar coisas importantes na hora em que eu preciso, de um modo rápido e eficiente.
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Você pode pensar, caro leitor, que eu sou uma tecnófoba. Mas não. Diferentemente de alguns amigos na faixa dos 30 e tantos anos, estou conectada de todas as formas possíveis. Tenho quase todas as redes sociais, há anos mantenho sempre um blog ativo e ainda possuo um canal no YouTube. Estou mais para tecnófila. Convivo perfeitamente bem sem tele-visão em casa, mas tenho três tipos de chilique se me cortarem a internet.
Nessas 12 horas em que o Whats ficou fora do ar, muitas pessoas precisaram achar alternativas para passar o tempo. Houve quem encontrou a internet, as outras redes sociais. Algumas pessoas, iluminadas, redescobriram uma antiga invenção: o livro! Houve, ainda, quem conseguiu aumentar, mesmo que por pouco tempo, sua produtividade no trabalho. Mas, graças a Deus, o WhatsApp já foi liberado e todo mundo pode respirar em paz novamente.