A quinta vítima do ataque em Londres morreu na noite desta quinta-feira. Segundo a polícia britânica, que confirmou a informação pelo Twitter, o homem de 75 anos era mantido vivo com a ajuda de aparelhos, que foram desligados.

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Outras 40 pessoas ficaram feridas, pelo menos duas em estado grave.

Além do idoso, que não teve a identidade divulgada, morreram o autor do atentado — que foi reivindicado pelo Estado Islâmico —, Khalid Masood, 52 anos; Keith Palmer, 48 anos, o policial que sofreu golpes de faca do criminoso; Aysha Frade, 43 anos, britânica de origem espanhola que cruzava a Ponte de Westminster para buscar seus filhos na escola, e Kurt Cochra, 54 anos, um americano que viaja com a esposa para comemorar o aniversário dele.

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Masood, nascido em 25 de dezembro de 1964 em Kent, no sudeste da Inglaterra, vivia em West Midlands  e “não era alvo de nenhuma investigação na atualidade e não consta informação anterior sobre sua tentativa de organizar um atentado terrorista”, anunciou a Scotland Yard. Ele era conhecido sob várias identidades, acrescentou a polícia.

Masood tinha várias condenações por agressões, incluindo episódios graves, posse de armas e delitos de perturbação da ordem pública. Ele recebeu sua primeira condenação em novembro de de 1983, e a última, por posse de arma leve, em dezembro de 2003,  acrescentou a polícia, que pediu a quem tiver informações sobre ele que comunique às autoridades.

— Há alguns anos ele foi alvo de uma investigação do MI5 (serviço de Inteligência interno) relacionada ao “extremismo violento” — explicou a primeira-ministra Theresa May diante do parlamento, acrescentando que na ocasião era “uma pessoa periférica” na investigação.

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Segundo o jornal The Guardian, Masood não está na lista do MI5 das 3 mil pessoas mais propensas a cometer um ato terrorista.

Na quarta-feira, o homem lançou o utilitário que dirigia contra a multidão na ponte de Westminster, que leva ao Big Ben, matando imediatamente duas pessoas — Kurt e Aysha — e ferindo outras dezenas. Logo depois, o agressor esfaqueou até a morte um policial após conseguir entrar na área externa do parlamento, símbolo da democracia britânica, antes de ser morto.

“O autor do ataque em frente ao parlamento britânico em Londres é um soldado do Estado Islâmico (EI) e a operação foi realizada em resposta a um chamado para atacar os países da coalizão internacional anti-extremista”, indicou nesta quinta-feira a agência de propaganda do grupo terrorista, a Amaq.

Esta é a primeira vez que o EI reivindica um atentado na Grã-Bretanha, que é membro da coalização internacional dirigida pelos Estados Unidos.

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A Polícia prendeu oito pessoas suspeitas de preparar atos terroristas em menos de 24 horas em seis diferentes endereços. Sete pessoas foram detidas em Birmingham e uma em Londres. Operações também foram realizadas em Brighton e em Carmarthenshire.

A área de Westminster, com o Big Ben, a sede do parlamento e a maioria de ministérios e prédios do governo é muito procurada por turistas, além do elevado número de funcionários públicos. O perímetro ao redor do parlamento permanece, no entanto, isolado e a estação de metrô de Westminster está fechada ao público. A ponte de Westminster, onde os investigadores continuam trabalhando, também está interditada.

A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, condenou, em um comunicado, a “terrível violência” do atentado.

A rainha expressou seus pêsames a “todos aqueles afetados pela terrível violência de ontem”, em um comunicado no qual anuncia a suspensão de uma visita ao quartel-general da Polícia em função dos acontecimentos de quarta-feira.

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Segundo a Scotland Yard, os serviços britânicos frustraram 13 tentativas de atentado desde junho de 2013 no Reino Unido, onde o nível de alerta terrorista foi mantido em quatro em uma escala de cinco.

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*Zero Hora e AFP