Pelo menos 717 pessoas morreram e centenas ficaram feridas nesta quinta-feira em um tumulto em Mina, perto de Meca, na Arábia Saudita. O incidente ocorreu durante a peregrinação anual à cidade. Em janeiro de 2006, uma tragédia similar no mesmo local matou 364 peregrinos.
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De acordo com informações da agência de notícias AFP, as pessoas foram pisoteadas. Para o ministro saudita da Saúde, a tragédia é resultado da falta de disciplina dos peregrinos, que, segundo ele, ignoraram as instruções de comportamento durante o hajj.
– Se os peregrinos tivessem seguido as instruções, teria sido evitado esse tipo de acidente – declarou Khaled al-Faleh à televisão pública El-Ekhbariya.
Começa o momento mais importante da peregrinação à Meca
De acordo com a Defesa Civil, seis equipes de emergência prestaram os primeiros socorros aos feridos da tragédia, orientando os fiéis para “rotas alternativas”. Mais de 4 mil socorristas e 200 ambulâncias foram deslocados para o local do desastre.
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Nesta quinta-feira, primeiro dia da festa do Adha, os peregrinos iniciaram um ritual de apedrejamento de satanás, no vale de Mina, região oeste da Arábia Saudita. O ritual consiste no ato de lançar sete pedras no primeiro dia do Eid al-Adha contra uma grande pilastra que representa satanás, e 21 no dia seguinte contra três pilastras.
Em 11 de setembro, quase duas semanas antes do início da peregrinação à Meca, conhecida como hajj, uma grua desabou na Grande Mesquita e matou 109 pessoas.
O Irã atribuiu a tragédia desta quinta-feira a falhas de segurança.
– Por motivos desconhecidos fecharam um acesso ao local onde os fiéis cumprem o ritual de apedrejamento de satã – afirmou o diretor da organização iraniana do hajj, Said Ohadi.
* AFP