O ataque de uma milícia terrorista a um shopping de luxo de Nairóbi, no Quênia, deixou ao menos 59 mortos, segundo estimativa do governo do país divulgada neste domingo, quando um número indeterminado de pessoas seguiam detidas como reféns. A polícia queniana, no entanto, teme que o número de vítimas seja “muito maior”.

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Um comando islamita ligado à al-Qaeda e integrado por cerca de 10 homens encapuzados invadiu ao meio-dia de sábado o Westgate Mall, disparando com armas automáticas e lançando granadas contra clientes e funcionários. Apoiados por membros dos serviços de segurança à paisana de embaixadas ocidentais, policiais e militares quenianos tentam identificar os agressores em um labirinto de lojas de todo tipo, onde é fácil se esconder.

Mais de 24 horas após o início do ataque, os confrontos prosseguiam no local.

-Vamos libertar todas as pessoas que estão no interior (do shopping), mas não podemos dar detalhes sobre a operação, exceto para dizer que todo o possível está sendo feito- destacou um oficial da segurança queniana.

O ataque foi reivindicado pela milícia somali ‘Shebab’, ligada à Al-Qaeda, em represália à intervenção das forças armadas do Quênia no sul da Somália. Em comunicado, os terroristas justificaram o ato: “Esta é a justiça punitiva pelos crimes de seus soldados”.

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O Exército do Quênia entrou na Somália em 2011, onde ocupa o sul do país, como parte da força africana multinacional que apoia o governo somali contra os rebeldes islâmicos. O documento da milícia ainda diz: “por terra, ar e mar, as forças quenianas invadiram nossa pátria muçulmana, matando centenas de muçulmanos e provocando a fuga de milhares”.