Sobe para 20 o número de cidades em situação de emergência devido a estiagem que afeta a região Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina. Entre os 20 municípios, apenas 8 tiveram o decreto homologado pela Defesa Civil Estadual até o fim da tarde desta quarta-feira. O órgão ainda não recebeu a documentação das outras 12 cidades.
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Há mais de 40 dias não é registrada uma chuva representativa na região. E a previsão do tempo para os próximos dias no Oeste não é das melhores. Segundo o metereologista da Central RBS, Leandro Puchalski, a chance de chuva existe, mas de maneira isolada e em poucas cidades da região.
Em Ponte Serrada, o rio que abastece a cidade está 80 centímetros abaixo do normal. Mesmo assim, não faltou água nos reservatórios da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Porém, um caminhão pipa teve de fazer o abastecimento em comunidades do interior.
A chuva da noite de terça-feira amenizou a situação do abastecimento, mas não aliviou os prejuízos nas lavouras de milho e soja. Segundo o prefeito do município, Antoninho Rossi, as perdas passam dos 30% nas lavouras de milho, e de 15% na soja. A produção leiteira teve uma redução de 25%.
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Os danos foram apresentados no formulário de avaliação de danos e pelo croqui da área afetada e encaminhados para a Defesa Civil Estadual.
Uma reunião esta marcada para a terça-feira, dia 3 de janeir,o na Sede da Defesa Civil, em Florianópolis. Segundo o gerente de prevenção da Defesa Civil, Major Emerson Emerin no encontro vão ser discutidas quais providências serão tomadas.
Participam da reunião a Defesa Civil Estadual, Secretaria de Agricultura, Ciram, Cidasc, Epagri, Casan, Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Corpo de Bombeiros e Fatma.
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Nova Itaberaba
O município deve decretar nesta quinta-feira situação de emergência. Segundo o secretário de administração, Antoninho Bedin a falta de chuva tem afetado o abastecimento de água na cidade e também no interior.
– As pastagens estão escassas e já prejudicam a produção leiteira do município – disse Bedin.
Guarujá do Sul
Não é registrada uma chuva significativa há 17 dias na cidade. Segundo o secretário municipal de Agricultura, Ênio Barichello, os maiores prejuízos são registrados na cultura do milho.
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– Nas lavouras do grão as perdas chegam aos 40%, e não tem como reverter esta situação – lamenta o secretário.
O levantamento realizado pelos agrônomos da Epagri e técnicos da Defesa Civil aponta perdas de 35% na plantação de fumo e mais de 30% na produção leiteira.
– Os produtores estão antecipando a retirada das plantas da lavoura para não ter prejuízos maiores. A má qualidade da pastagem é uma das responsáveis pela quebra na produção de leite – acrescentou o secretário.
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O interior da cidade esta sendo abastecido com água para consumo humano e animal.
– Além do transporte de água para as comunidades estamos trabalhando com máquinas na limpeza das fontes naturais – disse o prefeito Celso Taube, que assinou o decreto no final da tarde desta terça-feira.
E a previsão do tempo para os próximos dias na região Oeste não é das melhores. Segundo o metereologista Leandro Puchalski, a chance de chuva existe, mas de maneira isolada e em poucas cidades da região.
