O temporal que começou na noite de domingo e continuou durante todo o dia desta segunda-feira em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, matou 16 pessoas, deixou 560 desalojados (temporariamente fora de suas casas) e 33 feridos.

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Quatro moradores estavam desaparecidos até o início da noite. Na localidade de Vila São João, no bairro Quitandinha, região central da cidade, uma encosta desabou e soterrou um número ainda não conhecido de pessoas.

Segundo moradores, três casas foram destruídas. Duas meninas, de 12 e 15 anos, foram resgatadas com vida. Não foi divulgado o número de desabrigados (que perderam suas casas). Em janeiro de 2011, na pior tragédia de causa natural do País, 71 pessoas morreram em consequências das chuvas em Petrópolis.

Quase 7 mil moradores ficaram desalojados e 187, desabrigados. Entre a noite de domingo e a manhã desta segunda, choveu 358 milímetros em Petrópolis, mais do que o previsto para todo o mês de março (270 milímetros), segundo o Climatempo.

Com o volume das águas, os rios Quitandinha e Piabanha transbordaram, destruindo casas e provocando alagamentos em 21 pontos, principalmente nos bairros Quitandinha e Independência.

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O maior índice pluviométrico foi registrado em Quitandinha, 415 milímetros em 24 horas, o equivalente a dois meses de chuva nesta época do ano, segundo a Prefeitura de Petrópolis. Ao longo do dia, várias autoridades pediram a moradores de áreas de risco que deixassem suas casas.

O prefeito Rubens Bomtempo informou que nove sinais sonoros foram acionados na madrugada para que os moradores de quatro bairros deixassem suas casas e dez escolas municipais foram abertas para receber a população. Um dos sinais sonoros foi acionado na rua Espírito Santo, onde pessoas foram soterradas.

O governador Sérgio Cabral visitou a cidade na tarde desta segunda e anunciou a liberação de R$ 3 milhões para o socorro às vítimas. A prefeitura liberou outros R$ 200 mil. Foram contratados 500 trabalhadores em regime de emergência, para limpeza e remoção de escombros. Cabral informou que 18 abrigos receberiam os 650 desalojados.

-Fazemos um apelo para que todas as pessoas deixem as áreas de risco. A presidente Dilma Rousseff designou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para acompanhar todo o trabalho que está sendo feito aqui. Estamos ainda em alerta máximo – afirmou Cabral.

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Entre os mortos, estão dois técnicos da Defesa Civil municipal que trabalhavam no resgate das pessoas soterradas na Vila São João.

– Eles tinham muita experiência. São insubstituíveis. Eles morreram como heróis. Estavam ali salvando vidas – afirmou o prefeito.

A Defesa Civil do município atendeu a mais de 270 ocorrências desde o início das chuvas.