Santa Catarina chegou a 12 mortes por dengue em 2022, após caso confirmado em Joinville. O óbito mais recente é de um homem de 65 anos, morador do bairro Comasa, cuja causa foi confirmada nesta terça-feira (19).
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De acordo com o boletim mais recente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), divulgado em 13 de abril, já são 26 cidades com epidemia de dengue no Estado e 14.497 casos confirmados.
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As vítimas fatais são em maioria homens – há apenas uma mulher entre os óbitos. A morte em Joinville estava em investigação desde a semana passada. Agora, são nove municípios que registram óbitos por dengue em SC.
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Chapecó permanece como cidade com o maior número de mortes pela doença.
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Em relação aos casos, dos 14 mil diagnosticados, 12.251 são autóctones e 2.246 estão em investigação. Segundo o boletim, há ainda 148 pessoas estão com “sinais de alarme” para a doença e seis casos estão em estado grave.
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Saiba onde as mortes foram registradas
- Brusque: homem, 81 anos, autóctone
- Caibi: homem, 72 anos, autóctone
- Chapecó: mulher, 86 anos, autóctone
- Chapecó: homem, 73 anos, autóctone
- Chapecó: homem, 66 anos, autóctone
- Criciúma: homem, 40 anos, importado
- Itá: homem, 72 anos, autóctone
- Palmitos: homem, 82 anos, autóctone
- Palmitos: homem, 78 anos, autóctone
- Romelândia: homem, 61 anos, autóctone
- Xanxerê: 51 anos, homem, autóctone
- Joinville: 65 anos, homem, autóctone
Cidades com epidemia de dengue em SC
- Belmonte
- Itá
- Iporã do Oeste
- Maravilha
- Romelândia
- Guaraciaba
- Seara
- Mondaí
- Coronel Freitas
- Palmitos
- Abelardo Luz
- São José do Cedro
- Caibi
- Caxambu do Sul
- Flor do Sertão
- Concórdia
- Xanxerê
- Tunápolis
- Santa Helena
- Ascurra
- São Miguel do Oeste
- Brusque
- Águas Frias
- Peritiba
- Cunha Porã
- Cordilheira Alta
Saiba identificar o mosquito transmissor
O Aedes aegypti é marrom escuro, com manchas brancas bem características no tronco e nas patas. Ele é menor do que mosquitos comuns e faz pouco ruído.
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Além disso, tem hábitos diurnos, como a alimentação. Para maturar os ovos que vão gerar novos mosquitos, as fêmeas precisam consumir sangue humano — é quando transmitem o vírus da dengue.
Sintomas da dengue
Entre os principais sintomas são febre alta náusea e dores de cabeça. No entanto, a doença pode evoluir para casos mais gaves, quando estes sintomas passam a ser mais evidentes. Veja a lista:
- Febre alta (de 39° a 40º)
- Náusea
- Dores de cabeça (cefaleia)
- Dores musculares (mialgia)
- Dores nas articulações (artralgias)
- Dores fundo dos olhos (retro-orbital)
Sintomas graves da dengue
O quadro mais grave da dengue, apresenta sintomas como:
- Febre hemorrágica da dengue (FHD)
- Dengue hemorrágica
- Sangramentos na boca, no nariz, nos olhos, nos ouvidos e/ou no intestino
- Manchas vermelhas na pele,
- Dor abdominal intensa
- Vômitos persistentes
- Queda da pressão arterial, o que também é chamado de choque e pode ser fatal
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É importante procurar orientação médica em ambos os casos, em especial no segundo, que exige atenção imediata quando houver surgimento de qualquer um dos sintomas graves.
Quando surgem e quanto tempo duram os sintomas da doença?
Os sintomas podem aparecer de três a 15 dias após a picada pelo mosquito — em média, entre o quinto e o sexto dia — e costumam durar de cinco a sete dias. No caso da FHD, o choque ocorre entre o terceiro e sétimo dia, precedido já de sinais de alerta.
O que pode levar ao quadro mais grave da dengue?
Ainda não está claro quais características de um paciente podem torná-lo mais suscetível a isso, mas já se sabe ao menos que todos os quatro subtipos do vírus podem causar a versão mais grave da doença.
Autoridades de saúde também já entendem que é mais comum a febre hemorrágica da dengue ocorrer a partir da segunda infecção. No entanto, isso é difícil de ser reconhecido pelo próprio paciente, que pode não ter apresentado sintomas em algum contato anterior com o vírus ou ter confundido a dengue com algum outro quadro viral quando sofreu com a doença.
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Em todo o caso, fatores individuais de cada paciente merecem atenção ao longo do tratamento, seja em relação à dengue comum ou à FHD — isso vale em especial para gestantes, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
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