O presidente interino Michel Temer anunciou, nesta terça-feira, novas medidas econômicas. Durante a cerimônia, o peemedebista pediu o apoio do Congresso para a aprovação da nova meta fiscal, que, segundo ele, representa o primeiro teste de sua gestão.

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Além disso, Temer propôs a devolução, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), de pelo menos R$ 100 bilhões em recursos repassados pelo Tesouro Nacional nos últimos anos, que, no total, somam mais de R$ 500 bilhões.

De acordo com o presidente interino, o tema ainda comporta alguma “avaliação jurídica”. No entanto, salientou Temer, a ideia é que sejam devolvidos ao Tesouro Nacional R$ 40 bilhões neste momento, e o restante no futuro.

Confira a entrevista ao vivo:

No início da cerimônia, Temer criticou atitudes da oposição, que, segundo ele, podem dificultar a aprovação da nova meta fiscal.

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— Lamento dizer que muitos propuseram a modificação da meta e hoje anunciam que vão tumultuar os trabalhos — comentou.

Durante a entrevista, o presidente interino declarou que nenhuma medida econômica será tomada sem a “concordância” da sociedade. Para sustentar a afirmação, o peemedebista frisou que analisa a reforma previdenciária com centrais sindicais e classe política.

— A reforma da Previdência não será feita sem a concordância da sociedade. Por isso conversamos com as centrais sindicais — relatou.

O peemedebista também revelou que o governo vai apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para limitar o crescimento da despesa primária total.

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— Está sendo redigido, e acredito que até semana que vem teremos completado esse trabalho — detalhou.

Segundo Temer, a proposta é de que um limite para crescimento da despesa seja equivalente à inflação do ano anterior.

— O Congresso continuará com liberdade absoluta para definir crescimento do gasto — pontuou.

Ao final de sua fala, Temer afirmou que quem está no governo “não pode voltar atrás”. Também relatou que ele é como JK (Juscelino Kubitschek) e “não tem compromisso com o erro”.

— Eu sei o que fazer no governo — avaliou.

*Zero Hora com agências