De janelas de suas casas, moradores testemunharam às 2h da madrugada de sábado, a ação dos criminosos que invadiram Luis Alves, no Vale do Itajaí, e explodiram dois bancos.

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De um sobrado, uma dona de casa de 60 anos avistou agachado atrás de um carro um homem que vigiava o Banco do Brasil com uma arma de grande porte em punho. Ela conta que tentou acionar a polícia. Com o nervosismo, não conseguiu completar a ligação.

– Foi até melhor que a polícia não viesse para evitar um tiroteio. Só rezei para que ninguém fosse morto e que acabasse logo – relatou.

Outra moradora de uma transversal da Rua 18 de Julho, no Centro, testemunhou a ação dos bandidos na agência do Banco do Brasil. Viu dois homens altos, magros, vestidos com roupas escuras e os rostos cobertos – a quadrilha teria pelo menos seis integrantes.

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– Eles quebraram o plástico da frente do equipamento e colocaram a dinamite dentro do buraco. Então, vi o vermelho do pavio e a fumaça branca da explosão – narrou.

A mulher contou que a dupla recolheu o compartimento com dinheiro e disparou um sinalizador. E a sequência de explosão, sinalizador e tiros se repetiu com o outro caixa eletrônico.

Toda a ação durou cerca de 15 minutos. Da agência do Banco do Brasil, o grupo fugiu atirando para o alto, em um carro parecido com um WV Cross Fox. Passaram em frente ao posto da PM, que fica a cerca de cem metros da agência detonada.

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Pouco depois, os disparos ocorreram a menos de dois quilômetros de distância: no posto de atendimento do Bradesco, na Vila do Salto. Um empresário de 46 anos acordou com o barulho dos disparos.

De trás da cortina, viu quatro homens: um atirava, enquanto outros três colocavam explosivos. Uma detonação, um minuto de silêncio e novo estouro. E os gritos, do homem armado com um fuzil: “Sai da janela! Sai da janela!”.

A esposa do empresário não entendeu que os gritos eram com eles, que observavam a movimentação escondidos pela cortina. Ao todo, a testemunha disse que foram mais de 50 disparos, numa ação que não levou mais que sete minutos.

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– Liguei para a delegacia, mas o sinal era de ocupado. Disquei 190, mas não completava a ligação – lamentou.

Outro morador próximo ao local onde ocorreu a explosão, conta que sentiu o chão do apartamento tremer.

– Não tentei olhar, fui para a cozinha, que é mais longe e esperei os barulhos passarem.

Um Ecosport que havia sido furtada em Palhoça, na Grande Florianópolis, foi abandonada em Ilhota, cidade vizinha a Luis Alves.

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