Independente do que possa realmente ter acontecido na tarde de terça-feira (23), quando a jovem Gabriella Custódio Silva, 20 anos, foi atingida por um tiro no peito e morreu, em Joinville, o velório da jovem é marcado por um misto de consternação e perplexidade. Em Penha, onde moram seus pais, centenas de pessoas se aglomeravam em frente à Capela São João Batista para dar um último adeus.
Continua depois da publicidade
O velório começou por volta das 15 horas desta quarta-feira, quando parentes, amigos e conhecidos da família faziam vigília à espera da chegada do corpo da jovem para as homenagens, previsto para o fim da tarde. No local, os pais, Val e Marcelo, e a irmã mais velha, Andreza, recebiam o apoio da comunidade que viu Gabriella crescer.
— Não caiu a ficha para ninguém da família. Só queremos que as pessoas saibam o quanto ela era amada por todos que estão aqui, olha quanta gente veio e que gostava dela — disse o cunhado de Gabriella, Edrick Douglas dos Santos, ao receber a reportagem a pedido da família.
A despedida na Capela São João Batista segue até a manhã desta quinta-feira (25). O sepultamento acontece às 9 horas no Cemitério da Armação, também em Penha.
Leia também: Vídeo mostra marido deixando Gabriella em hospital de Joinville
Continua depois da publicidade

"Era como uma irmã", diz amiga de Gabriella
Amigos atuais e de infância da jovem deixaram os afazeres em Joinville, onde ela cresceu, para estar ao lado da família no momento de dor e despedida. Muitos ainda sem entender o que de fato aconteceu na rua Arno Krelling, no Distrito de Pirabeiraba, na terça-feira.
As primeiras informações da Polícia Civil são de que Gabriella foi deixada já sem vida na entrada do pronto-atendimento do Hospital Bethesda, por volta das 17h25 daquele dia. Um tiro no lado direito do peito interrompeu a trajetória da jovem, sendo o marido o principal suspeito de ter feito o disparo.
— Eu só queria poder ter defendido ela disso, defendido de tudo isso e eu não consegui, mas Deus sabe o que faz. Ela, para mim, foi mais que uma amiga, foi uma irmã. Não tenho palavras para o que aconteceu — desabafou a amiga e vizinha, Danielle Lopes.
Danielle e sua irmã gêmea Gracielle faziam parte do círculo quase que diário da jovem desde a infância, quando as duas passavam pela rua onde moravam no bairro Itinga, e as irmãs Andreza e Gabriella às chamaram para brincar. Segundo as irmãs, as lembranças que ficam são de uma menina alegre e cheia de sonhos.
Continua depois da publicidade
— Ela era uma menina que transmitia luz por onde passava. Morávamos na mesma rua e compartilhamos sonhos. A mãe dela é como uma mãe para nós e ela também chamava a nossa mãe de mãe, era como uma irmã. Quanto sonho (ela deixou), adorava crianças e tinha o sonho de ser mãe — afirma Gracielle.
— A gente nunca pensa que vai acontecer tão próximo, nunca, e nessa hora nada conforta — conclui a amiga.

Solange Lins Lacerda também convivia há anos com ela e lembra que praticamente a viu crescer.
— Ela era a caçula da turma, era feliz, feliz, e assim vou lembrar dela — recorda.
— Ficará a imagem de uma menina linda, feliz, amorosa com as pessoas, com a família, com a irmã, com os pais, e com os amigos. Era um ser de muita luz. Agora o que temos que fazer é mostrar (para a família) que estamos aqui, unidos. Eu não sou família de sangue, mas sinto a Gabriela como uma irmã — completa.
Continua depois da publicidade
Amigos relembram como era o namoro da jovem
Conforme relatos de amigos e conhecidos de Gabriella Custódio Silva, a garota trabalhava em uma transportadora joinvilense até poucos meses, mas estava no seguro-desemprego atualmente e preparava um veículo para trabalhar como motorista de aplicativo.
Ainda de acordo com os amigos, há cerca de três meses ela fez um “chá de panela” em casa e passou a morar com Leonardo Nathan Chaves Martins, 21 anos, que a deixou na portaria do hospital. Os dois, porém, teriam se conhecido ainda na época da escola e namoravam oficialmente há cerca de seis meses.
— Ao mesmo tempo que eles tinham um relacionamento bom, eles brigavam bastante, mas depois já estavam bem. Não dá para acreditar que ele fez isso — sinaliza Danielle Lopes, uma das melhores amigas de Gabriella.
Leia as últimas notícias no NSC Total
Continua depois da publicidade