A Rua Bertoldo Simão de Oliveira, no bairro Universitário de Biguaçu, deveria ter desde 2016, conforme prometido, um prédio novinho da Polícia Civil, a sede do 24º Batalhão da PM, o Instituto Geral de Perícias, o Detran e um presídio. No entanto, tudo que o espaço destinado à chamada Vila da Segurança tem hoje é mato. Sequer os projetos, orçados em R$ 24 milhões, estão prontos.

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A Vila de Segurança foi elaborada pelo município, e o terreno doado pela prefeitura, mas a responsabilidade de execução é do governo do Estado, com investimentos do Pacto por Santa Catarina. De tudo que foi prometido para o empreendimento, apenas o quartel do Corpo de Bombeiros foi inaugurado, em abril de 2016. Mas do outro lado do espaço, a situação é bem diferente.

Francisco Carlos Klein,54 anos, morador da região, reclama do abandono do terreno baldio. Segundo ele, o matagal está sempre repleto de lixo e ainda tem lançamento de esgoto clandestino. Além disso, o mato alto impede a visão dos motoristas quando fazem as curvas, e vários acidentes já foram provocados no local.

— Isso aqui é uma imundície logo no centro da cidade. Entra eleição e eleição e ninguém faz nada — desabafou.

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Em nota encaminhada à reportagem, a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado, responsável pela construção do presídio, informou que já protocolou todos os projetos junto ao município de Biguaçu, como o pedido de viabilidade de construção e o estudo de impacto de vizinhança para a construção da unidade prisional.

Em paralelo, a Secretaria da Segurança Pública de SC também está adequando os projetos da delegacia de Polícia Civil, do quartel da PM, Detran e IGP junto ao município, para que as edificações fiquem prontas juntas. “Da parte da SJC, só estamos aguardando a análise do município”, informou a pasta.

PROJETOS EM TRÂMITE

Conforme a prefeitura de Biguaçu, os projetos estão na Secretaria de Planejamento do município. O titular da pasta, secretário Matheus Hoffmann, garantiu que os textos têm total prioridade de tramitação:

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— O do presídio está praticamente aprovado o projeto arquitetônico. Acredito que na próxima semana seja aprovado — disse.

Representantes da empresa estiveram aqui na semana passada e conversaram com os técnicos da prefeitura para fazer as adequações finais. Já o projeto dos demais prédios, de acordo com Hoffmann, estão tramitando, mas como entraram um pouco mais tarde, devem ser aprovados “nas próximas semanas”, promete o secretário:

— A gente está fazendo uma força tarefa para aprovar isso.

Sobre o do impacto de vizinhança, este já foi aprovado e no momento está em análise no conselho de desenvolvimento do município. É o mais avançado. Assim que todos os textos forem aprovados, voltam para as mãos do governo de Santa Catarina e já podem ter o alvará de construção das obras.

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A maior preocupação da cidade é com o presídio. Atualmente, a estrutura está localizada no Centro da cidade, ao lado da prefeitura. O prédio está com capacidade máxima de 80 presos e foi interditada para não receber novos detentos. O novo complexo terá 320 vagas.