O renomado Smithsonian Institute dos Estados Unidos inaugurou nesta quarta-feira (21), no Panamá, o maior laboratório científico da América Central para o estudo dos efeitos das mudanças climáticas nas florestas tropicais – informou o organismo.

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Matthew Larsen, diretor do Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais (STRI, na sigla em inglês), com sede no Panamá, afirmou que os estudos dessa nova sede científica permitirão determinar como a mudança climática está afetando as florestas tropicais.

“Temos experimentos que se concentram no nível de CO2 e na temperatura no futuro e como as árvores reagem diante dessa mudança”, relatou Larsen à imprensa.

O laboratório está localizado em Gamboa, província atlântica de Colón, às margens do Canal do Panamá, por onde passam 5% do comércio marítimo mundial.

A nova sede custou aproximadamente US$ 20 milhões e contou com a colaboração do Congresso dos Estados Unidos e de doadores particulares.

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“O laboratório de Gamboa é uma grande e nova ferramenta de todo um arsenal para entender melhor a biologia tropical”, disse Scott Miller, do Smithsonian em Washington, em seu discurso de inauguração.

De 4.000 m², o laboratório tem três andares e, nele, será possível estudar a ecologia florestal, as interações planta-animal, a evolução e o comportamento dos animais, segundo os promotores do projeto.

Esse é o único laboratório do Smithsonian fora dos Estados Unidos e, de acordo com seus organizadores, trata-se do mais moderno e completo de toda a América Central para esse tipo de estudo.

Há mais de meio século, cientistas do Smithsonian estudam, no Panamá, as florestas tropicais. Na atualidade, o STRI trabalha com 40 cientistas permanentes e 1.400 temporários.

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“Estamos muito satisfeitos com esse investimento que o Smithsonian fez no Panamá, porque amplia as capacidades para o estudo dos ecossistemas terrestres e nos ajuda a conhecer melhor a diversidade biológica que temos”, disse à AFP a ministra panamenha do Meio Ambiente, Mirei Endara.

Segundo Endara, o Panamá é o 10º país do mundo em diversidade biológica por metro quadrado, mas está ameaçado pela mudança no uso do solo, pelo desmatamento, pela pressão urbana e pela mudança climática.

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