(Foto: Arte NSC Total)

A tecnologia não veio apenas auxiliar no diagnóstico e no tratamento para a cura das doenças, suas ferramentas e potencialidades visam especialmente à prevenção. Para isso, a informação tem sido grande aliada da inovação e das soluções tecnológicas desenvolvidas para a saúde.

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Hoje, no dia a dia, o Big Data já possibilita, com base nos dados do histórico do paciente, a identificação das probabilidades de desenvolver determinada patologia, quais os riscos enfrentados em realizar procedimentos médicos e até as chances de ter uma segunda ou terceira internação num hospital no qual já foi tratado, entre inúmeras outras aplicações. Porém, todos esses avanços – inimagináveis até bem pouco tempo atrás – são apenas pequenas demonstrações do que vem sendo desenvolvido pelo Smart Data, que vai além da capacidade de concentrar dados, aplicando-os de forma a otimizar os processos na assistência médico-hospitalar.

Na prática, o conceito de Smart Data na saúde pode ser vivenciado através da programação de análises de dados de fluxo constante, monitorando de forma automática informações coletadas na origem, com o uso de sensores na casa do paciente, por exemplo.

A partir daí é possível avaliar os dados, identificar eventos que são exceções, tomar uma decisão e compartilha-la sem a necessidade de uma intervenção humana no processo, tudo dentro de uma janela de tempo específica que consiste em segundos ou frações de segundo. Dessa forma, a medicina pode intervir e promover o cuidado necessário com maior agilidade e segurança, especialmente na indicação de procedimentos de alto risco que exijam decisões rápidas e precisas.

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Com essa perspectiva, a saúde deve protagonizar cada vez mais novas oportunidades para os pacientes e para os profissionais do setor. De acordo com o relatório “Inovação – Tendências em Healthcare para a indústria ficar de olho em 2019”, lançado pelo Observatório da Saúde de Santa Catarina, o mercado global de Healthcare (hospitais, clínicas, laboratórios, empresas de equipamentos médicos e de medicamentos, planos de saúde e medicina preventiva) espera testemunhar oportunidades lucrativas de crescimento nos próximos 5 anos, devido aos constantes e rápidos avanços no campo de Smart Data e Analytcs.

Nessa trajetória cada vez mais veloz e desafiadora, o cuidado personalizado deve ser uma das mais importantes conquistas consolidadas, descartando de vez a ideia de que a tecnologia vai padronizar e desumanizar por completo a assistência ao paciente. A individualidade dos dados e da história de cada pessoa é o passo mais importante no caminho que leva à verdadeira “saúde inteligente” num futuro que já faz parte de nosso presente.

*Ademar Paes Junior é médico radiologista e presidente da ACM

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