Para o heptacampeão mundial de surfe, o norte-americano Kelly Slater, os surfistas brasileiros estão num nível muito bom de competição, e Adriano de Souza, o Minerinho, é um exemplo desse desenvolvimento.
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– Se ele (Mineirinho) se adaptar logo a outros tipos de ondas, com certeza vai incomodar bastante – afirmou Slater, em entrevista coletiva nesta quarta, dia 9, em Florianópolis.
O melhor surfista do mundo garantiu o hepta na terça, na Praia da Vila, em Imbituba, durante a fase final do WCT Brasil.
Isso porque, mesmo desclassificado, Slater viu seu maio rival, o havaiano Andy Irons, perder também, o que lhe antecipou o título da temporada.
– Os brasileiros estão num nível de competição muito alto. Só gostaria de analisá-los melhor em outras condições (de mar) como Pipeline (Havaí), Teahupoo (Tahiti) e Jefrey’s Bay (África do Sul) – afirmou Slater.
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Aos 33 anos, Slater sabe da importância que tem para uma geração de surfistas que começa a despontar no cenário internacional. Conforme ele, 2005 lhe ensinou a lidar melhor com momentos de dificuldade e pressão.
O heptacampeão afirmou que, desde que retornou ao circuito, há três anos, duvidava se poderia voltar a vencer um campeonato mundial após seis títulos na década de 1990 e ostentar a condição de imbatível.
– Procurei me concentrar mais neste ano e a me importar menos com meus adversários. Acho que isso foi determinante para a conquista do título – afirmou Slater.
Slater disse ainda que pretende surfar por um bom tempo, e não quer mais parar, nem temporariamente, como fez entre 2000 e 2002.
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– Tenho o sonho de surfar por muito tempo ainda, quem sabe até os meus 90 anos de idade. Por enquanto, só penso em cuidar da minha parte física – afirmou.