Fora da luta pelo título Estadual, Avaí vê receita diminuir com queda em número de sócios e de renda em partidas. Mas cenário pode ser ainda pior caso o clube seja rebaixado para a disputa da Série B do Campeonato Catarinense em 2016.

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Na metade da disputa do Quadrangular, o Avaí está na lanterna. E as consequências de um de um futebol ruim, que já alterou a dinânimca com a torcida, também são sentidas nos cofres do clube por não estar no Hexagonal. Uma possível Série B do Estadual complica ainda mais uma situação já delicada.

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Só em ingressos, os números já mostram uma clara perda. Com dois jogos a menos como mandante, o Leão perde cerca de R$ 350 mil, considerando a média de 3,5 mil torcedores por partida, número da primeira fase. Mas no Hexagonal, esse número poderia saltar para R$ 600 mil. Na Série B, além de não ter clássicos, o Avaí cobraria algo em torno de 30% a menos por entrada. Em valores absolutos, seria R$ 1,4 milhão a menos, isso com uma média de 3,5 mil. Provável, porém, que menos torcedores veriam jogos com pouco atrativo.

O total de sócios, que saltou de seis mil para oito mil no começo de 2015, parou de crescer, complicando a meta de 10 mil para o Brasileirão. Mas esses números não assustam o clube azurra.

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– A imagem do Avaí está consolidada. Nossa perda é somente em cima de receita de sócios e do clássico – discorda o diretor financeiro do Leão e vice-presidente, Francisco José Battistotti.

O cartola garante que o clube negocia com três empresas para voltar a ter patrocínio máster na camisa, sem aporte desde o ano passado.

Mas os danos à imagem do clube já podem ser vistos. Na semana passada, o atacante Borges já tinha valores acertados com o Avaí, mas os empresários cancelaram a negociação no último momento alegando que a situação do clube não era estável, com uma recente troca de treinador e uma invasão de torcedores durante um treino.

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Poder de barganha diminui nas cotas de TV

De acordo com o especialista em marketing Anderson Gurgel, esse problema pode se estender para possíveis negociações de patrocinadores e cotas de TV nas próximas temporadas.

– O grande problema é o poder de mercado. Apesar de não ter perda em cota de TV, que já foi paga, o Quadrangular não tem transmissão. Isso é menos exposição de marca. Não tem uma perda para o contrato vigente, mas afeta o valor de mercado para uma renegociação – avalia.

No caso de um possível rebaixamento no Estadual, o Leão se veria obrigado a disputar duas competições simultâneas em 2016, o Brasileirão e a Segundona Catarinense, o que exigiria mais atletas e aumentaria os gastos. Hoje, a folha salarial é superior a R$ 900 mil.

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Para Gurgel, é uma situação que pode piorar, mas que ainda é passível de ser revertida.

– A tragédia seria maior em uma competição nacional. Mas ainda dá para reverter e não perder o ano. Uma campanha de marketing bem sucedida acoplada a um bom futebol podem mudar o cenário.