O número de estações de monitoramento dos rios catarinenses em situação de estiagem subiu de 19 na semana passada para 27 nesta segunda-feira. O relatório do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Ciram) da Epagri aponta um agravamento da estiagem no estado.
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De acordo com o pesquisador de hidrologia do Ciram/Epagri, Guilherme Miranda, essa é a pior situação desde que a estiagem começou, há cerca de um ano. No dia 02 de outubro de 2019 o número de estações em estiagem chegou a 25.
Chama a atenção o número de estações em situação de emergência, que passou de 7 na semana passada, para 13. Em situação de alerta subiu de seis para nove e, em atenção, de seis para sete.
– A situação está mais crítica em muitos lugares, mas principalmente num triângulo entre o Meio Oeste, Planalto Norte e Vale do Itajaí. Há cidades com falta de água para os animais. A tendência é piorar também no Oeste e Extremo Oeste pois não há previsão de chuva até o dia 28. Depois deve chover mas sem grandes volumes de forma mal distribuída – disse Miranda.
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A previsão de abril a junho continha sendo abaixo da média. A chuva do início de abril até amenizou a situação no Oeste e Meio Oeste. Mas mesmo assim não deve atingir a média histórica.
Além disso há um déficit de cerca de 1/3 nos volumes nos últimos 12 meses, segundo dados do Ciram/Epagri.
A Casan anunciou nesta segunda-feira que reduziu a captação na lagoa do Peri, que está meio metro abaixo do normal. Cerca de 50% do abastecimento dos bairros da Região Sul e leste da Ilha de Santa Catarina estão sendo feitos por nove poços artesianos do Aquífero do Campeche.
Mas a situação mais crítica é na região Serrana, principalmente em São Joaquim.